O presidente Michel Temer disse hoje (21), em Nova York,
que foi surpreendido com a notícia da inclusão do projeto de lei que
anistiaria crimes de caixa 2 no Brasil na pauta de votação da Câmara dos
Deputados. Em entrevista coletiva durante encontro com empresários
norte-americanos, Temer disse que pretende colocar o país nos trilhos, mesmo
que isso resulte em uma queda ainda maior de sua popularidade.
A proposta
criminaliza o caixa 2 a partir de sua vigência e anistia os casos
anteriores. Segundo Temer, essa é uma questão do Poder Legislativo, mas o
presidente afirmou que a anistia não é boa “para ninguém. “Eu, pessoalmente,
não vejo razão para prosseguir, prosperar nessa matéria. Isso foi surpreendente
pra mim, eu li a notícia aqui. Quando chegar lá [no Brasil], eu vou examinar
essa questão”, afirmou.
Temer não quis comentar o recebimento nesta terça-feira (20)
da denúncia da força-tarefa da Lava Jato pelo juiz Sérgio Moro, que torna réu o
ex-presidente Lula. “Recebi [a notícia] como quem acha que, se estivesse no
lugar dele, iria ao Judiciário para debater”, limitou-se a responder.
Para Temer, a polarização do debate deve se dar no âmbito jurídico.
Para Temer, a polarização do debate deve se dar no âmbito jurídico.
Um dia após líderes
de seis países latinos deixarem o plenário da Assembleia Geral das Nações
Unidas no momento em que fazia o discurso de abertura da reunião, Temer
lamentou o ocorrido e voltou a pregar a leitura da Constituição Federal para
que a legitimidade de seu governo seja verificada. “Essa questão de quem sai,
não sai... Tinha 193 países lá, eu confesso que nem percebi a saída. E lamento,
porque as relações não hão de ser governamentais, de pessoas. Hão de ser
relações institucionais, de Estado para Estado, e não de um governo para outro,
ambos transitórios.”
Questionado sobre os riscos que algumas medidas de ajuste fiscal poderiam trazer para sua popularidade, o presidente disse que o que o preocupa é a melhora da situação do país. “Se a minha popularidade cair para 5%, mas eu salvar o Brasil nesses dois anos e quatro meses, colocar o país nos trilhos, me dou por satisfeito. Em medidas supostamente impopulares, porque impopulares não são, elas visam exatamente a melhorar situação do país e dos brasileiros, não tenho preocupação [com a popularidade]”,afirmou.
Questionado sobre os riscos que algumas medidas de ajuste fiscal poderiam trazer para sua popularidade, o presidente disse que o que o preocupa é a melhora da situação do país. “Se a minha popularidade cair para 5%, mas eu salvar o Brasil nesses dois anos e quatro meses, colocar o país nos trilhos, me dou por satisfeito. Em medidas supostamente impopulares, porque impopulares não são, elas visam exatamente a melhorar situação do país e dos brasileiros, não tenho preocupação [com a popularidade]”,afirmou.
Temer também disse que, na condição de vice-presidente, não
tinha conhecimento dos problemas de corrupção envolvendo o governo da
ex-presidenta Dilma Rousseff. “Eu não sabia, [é] evidente. Vocês sabem que não
tive participação no governo. Um dia eu mesmo me rotulei de vice-presidente
decorativo. Não tinha participação, não acompanhava nada disso”, afirmou.
O presidente reafirmou que espera ver aprovada a proposta de
emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para os gastos públicos até
o final deste ano e que, devido à complexidade do tema, a aprovação da reforma
da Previdência deve ficar para o ano que vem.
fonte: Paulo Victor Chagas e Pedro Peduzzi – Repórteres da Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário