A
abertura do mercado de refino a empresas privadas vai garantir preços de
combustíveis mais competitivos para os consumidores, disse à Folha o diretor de
refino e gás da Petrobras, Jorge Celestino.
A venda de participações em refinarias é a principal novidade do novo plano de negócios da estatal, que foi apresentado ao mercado na semana passada e prevê investimentos de US$ 74,1 bilhões entre 2017 e 2021.
Celestino disse que os preços praticados hoje pela estatal são "justos" –embora estejam entre 30% e 40% acima do mercado internacional–, mas que esse conceito muda de acordo com o nível de competição do mercado.
"O mercado sempre vai buscar o melhor preço. A melhor alternativa econômica é aquela do mercado", afirmou.
No momento, cerca de 15% do mercado brasileiro de diesel, que soma 4,5 bilhões de litros por mês, é abastecido por importações realizadas por companhias privadas.
Mesmo assim, Celestino diz que a Petrobras não vê necessidade de reduzir preços. A estatal anunciará até o fim do ano as diretrizes de sua política de preços de combustíveis, que vai considerar as cotações internacionais do petróleo e a evolução da fatia da empresa no mercado local.
Fim dos subsídios
Um dos objetivos é deixar claro aos investidores que não haverá mais subsídios como os que ajudaram a elevar o endividamento da empresa no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016).
"A gente não pode fazer isso. Não se esqueça de que quem compra ação dessa companhia é fundo de pensão, é o dinheiro da sociedade que está aqui dentro", afirmou o executivo da estatal.
A Petrobras pretende abrir em 2017 concorrência para vender participações em refinarias, como parte do novo programa de venda de ativos, cuja meta é arrecadar US$ 19,5 bilhões nos próximos anos.
O modelo em estudo prevê garantir ao comprador uma posição que lhe permita definir seus próprios preços de venda, para que não fique refém da política da Petrobras.
"Da mesma forma que eu tenho capacidade de fazer preço, ele [o sócio] tem que ter a confiança de que pode fazer preço", disse Celestino.
A competição com a Petrobras, hoje monopolista no mercado de refino, é apontada por especialistas como maior barreira à atração de investimentos para o setor.
Celestino não quis detalhar o modelo de venda, mas indicou que vai privilegiar refinarias mais distantes dos principais polos de refino no país, em São Paulo e no Rio, para reduzir a competição.
Assim, o sócio da estatal teria uma proteção adicional com custos para o transporte da produção do Sudeste.
"O Brasil é um país muito grande, onde os custos logísticos são altos", limitou-se a dizer, quando questionado sobre a forma como será garantida ao parceiro a possibilidade de formar preços.
Hoje a Petrobras tem 13 refinarias, com capacidade para processar 2,1 milhões de barris de petróleo por dia.
O plano de negócios separa US$ 12,4 bilhões para a área de refino e gás, mas não prevê expansão da capacidade, a menos que a empresa encontre parceiros dispostos a concluir empreendimentos como a refinaria do Complexo Petroquímico do Rio ou a refinaria Abreu e Lima (PE).
A primeira está parada e sua retomada exige cerca de US$ 2,8 bilhões. Em Pernambuco, a Petrobras concluiu a primeira fase de Abreu e Lima e suspendeu a segunda. Os projetos são alvo das investigações da Lava Jato.
A venda de participações em refinarias é a principal novidade do novo plano de negócios da estatal, que foi apresentado ao mercado na semana passada e prevê investimentos de US$ 74,1 bilhões entre 2017 e 2021.
Celestino disse que os preços praticados hoje pela estatal são "justos" –embora estejam entre 30% e 40% acima do mercado internacional–, mas que esse conceito muda de acordo com o nível de competição do mercado.
"O mercado sempre vai buscar o melhor preço. A melhor alternativa econômica é aquela do mercado", afirmou.
No momento, cerca de 15% do mercado brasileiro de diesel, que soma 4,5 bilhões de litros por mês, é abastecido por importações realizadas por companhias privadas.
Mesmo assim, Celestino diz que a Petrobras não vê necessidade de reduzir preços. A estatal anunciará até o fim do ano as diretrizes de sua política de preços de combustíveis, que vai considerar as cotações internacionais do petróleo e a evolução da fatia da empresa no mercado local.
Fim dos subsídios
Um dos objetivos é deixar claro aos investidores que não haverá mais subsídios como os que ajudaram a elevar o endividamento da empresa no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016).
"A gente não pode fazer isso. Não se esqueça de que quem compra ação dessa companhia é fundo de pensão, é o dinheiro da sociedade que está aqui dentro", afirmou o executivo da estatal.
A Petrobras pretende abrir em 2017 concorrência para vender participações em refinarias, como parte do novo programa de venda de ativos, cuja meta é arrecadar US$ 19,5 bilhões nos próximos anos.
O modelo em estudo prevê garantir ao comprador uma posição que lhe permita definir seus próprios preços de venda, para que não fique refém da política da Petrobras.
"Da mesma forma que eu tenho capacidade de fazer preço, ele [o sócio] tem que ter a confiança de que pode fazer preço", disse Celestino.
A competição com a Petrobras, hoje monopolista no mercado de refino, é apontada por especialistas como maior barreira à atração de investimentos para o setor.
Celestino não quis detalhar o modelo de venda, mas indicou que vai privilegiar refinarias mais distantes dos principais polos de refino no país, em São Paulo e no Rio, para reduzir a competição.
Assim, o sócio da estatal teria uma proteção adicional com custos para o transporte da produção do Sudeste.
"O Brasil é um país muito grande, onde os custos logísticos são altos", limitou-se a dizer, quando questionado sobre a forma como será garantida ao parceiro a possibilidade de formar preços.
Hoje a Petrobras tem 13 refinarias, com capacidade para processar 2,1 milhões de barris de petróleo por dia.
O plano de negócios separa US$ 12,4 bilhões para a área de refino e gás, mas não prevê expansão da capacidade, a menos que a empresa encontre parceiros dispostos a concluir empreendimentos como a refinaria do Complexo Petroquímico do Rio ou a refinaria Abreu e Lima (PE).
A primeira está parada e sua retomada exige cerca de US$ 2,8 bilhões. Em Pernambuco, a Petrobras concluiu a primeira fase de Abreu e Lima e suspendeu a segunda. Os projetos são alvo das investigações da Lava Jato.
Fonte: Folha de S.Paulo
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