sexta-feira, 11 de julho de 2014

Importação de petróleo do Iraque avança 108% no ano

O Brasil aumentou em 108% a compra de petróleo bruto do Iraque neste ano, apesar de o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) não ter registrado qualquer importação do óleo cru do país em junho. Mesmo com a guerra civil em andamento no Iraque, a Petrobras afirmou ao Valor que o comércio está regular e que os negócios não foram afetados até o momento pela instabilidade política. Analistas, por outro lado, acreditam que o percentual de crescimento das importações pode aumentar, já que é comum na balança de petróleo e derivados meses "zerados". Quando isso ocorre, os embarques do período geralmente aparecem no mês seguinte. No primeiro semestre do ano, o Iraque foi o terceiro maior vendedor de petróleo ao Brasil mesmo com o ataque de rebeldes, no início do mês passado, à refinaria de Baiji, maior complexo petrolífero do país. No primeiro semestre do ano passado, o Iraque era o quinto maior fornecedor do Brasil. A Petrobras disse que não realizou importação em junho por uma decisão de mercado e que não houve necessidade de comprar petróleo iraquiano no último mês. O esgarçamento das instituições políticas do Iraque, que hoje está dividido em três forças (sunitas, xiitas e curdos), por outro lado, deve fazer com que as exportações brasileiras ao Iraque sejam afetadas no médio prazo, segundo os mesmos analistas. As vendas totais cresceram 2,3% em junho, para US$ 24,5 milhões, ante o mesmo mês do ano passado. No ano, as exportações brasileiras ao país árabe somaram US$ 113 milhões, puxadas por ferro, aço e carnes. De acordo com José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), os conflitos no Iraque podem fechar um mercado importante no Oriente Médio. "A situação política e econômica do país está dificultando negócios na região e se agravando. A tendência é que, com a economia atingida, haja menos fôlego para importações em um mercado para o qual o Brasil exporta muita carne", diz. As importações brasileiras do Iraque cresceram em um ritmo maior do que as exportações. No acumulado do ano até junho, ante o mesmo período de 2013, a importação brasileira dos iraquianos chegou a US$ 484 milhões, valor gasto exclusivamente em petróleo. Segundo Castro, o óleo cru, por ser uma commodity, é usado para influenciar a corrente de comércio. Para ampliar a entrada de alimentos e outros produtos brasileiros no mercado iraquiano, o país aumentou a compra do óleo iraquiano. "É normal usar o petróleo para isso, já que a importação dele é necessária independentemente de qual seja o país fornecedor", diz. Mesmo no caso de uma redução da produção petrolífera iraquiana, a oferta no mercado mundial está alta, o que impede a instabilidade do governo local de afetar o suprimento da demanda brasileira. Nos dados abertos de junho do Mdic, o Brasil comprou mais petróleo cru da Nigéria e Arábia Saudita, tanto em relação a junho do ano passado quanto na comparação com maio deste ano. A cada quatro dólares gastos em petróleo pelo Brasil no último mês, quatro foram para as mãos de nigerianos e sauditas. Os dois países são os maiores fornecedores do país em 2014. Fabio Silveira, diretor de pesquisa econômica da GO Associados, acredita que o Brasil está procurando outros mercados para se abastecer. Ele pondera que até maio, último mês com dados disponibilizados pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), não houve recuo na produção petrolífera do Iraque, que ficou em 3,3 milhões de barris diários de petróleo. "Em junho, deve começar a aparecer algum recuo. Os conflitos se intensificaram no fim de maio e só depois começaram a afetar as refinarias", diz. A maneira como é realizada a contabilização da balança de petróleo e derivados explica a ausência de importações de petróleo do Iraque em junho, na visão de Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior e sócio da Barral M Jorge Consultores Asssociados. "As vezes, há prorrogação nos embarques, e entra tudo no mês seguinte, diferentemente do que ocorre com os outros produtos da balança comercial. É preciso esperar ainda alguns meses para saber se a situação política no Iraque vai influenciar a importação", diz. O consultor acredita que a elevação da cotação do petróleo no mercado internacional não sofrerá grandes variações. O impacto maior deve acontecer no preço dos fretes do petróleo naquela região, que ficam mais caros por causa dos riscos causados pela instabilidade. © 2000 – 2014. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A. . Verifique nossos Termos de Uso em http://www.valor.com.br/termos-de-uso. Este material não pode ser publicado, reescrito, redistribuído ou transmitido por broadcast sem autorização do Valor Econômico. Leia mais em: http://www.valor.com.br/brasil/3610596/importacao-de-petroleo-do-iraque-avanca-108-no-ano?utm_source=newsletter_manha&utm_medium=11072014&utm_term=importacao+de+petroleo+do+iraque+avanca+108+no+ano&utm_campaign=informativo&NewsNid=3606536#ixzz37Bey9Wkd

terça-feira, 8 de julho de 2014

PRODUÇÃO NO PRÉ-SAL CHEGOU A QUASE 550 MIL BARRIS POR DIA EM MAIO

A produção de petróleo e gás no pré-sal bateu novo recorde em maio deste ano, alcançando uma média de 549,3 mil barris de óleo equivalente por dia, 9,1% a mais do que em abril, de acordo com o boletim mensal da ANP. Do total, a parte de petróleo representou 448,2 mil barris por dia, enquanto o gás natural foi responsável por 16,1 milhões de metros cúbicos diários. A produção foi extraída de 33 poços, localizados nos campos de Baleia Azul, Baleia Franca, Barracuda, Caratinga, Búzios, Linguado, Lula, Marlim Leste, Pampo, Sapinhoá, Trilha e na área de Tupi Nordeste (cessão onerosa). Na última semana, a Petrobrás realizou uma grande cerimônia, com a presença da presidente Dilma Rousseff, do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e de outras figuras do poder executivo brasileiro, além da própria presidente da estatal, Graça Foster, com o intuito de anunciar a marca de 500 mil barris de petróleo por dia no pré-sal. O número foi ultrapassado no dia 24 de junho, quando a estatal extraiu 520 mil barris da região. De acordo com a petroleira, 406 mil barris diários desse volume total eram relativos à Petrobrás, enquanto o restante (22%) pertencia às empresas parceiras. Na ocasião, o diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, José Miranda Formigli, afirmou que a produção acumulada do pré-sal, desde 2008, já atingiu 360 milhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás). http://www.petronoticias.com.br/archives/53495

terça-feira, 1 de julho de 2014

ROSNEFT FAZ ACORDO DE US$ 1,5 BILHÃO COM A BP

A Rosneft assinou um acordo de cinco anos com a BP para fornecer até 12 milhões de toneladas de produtos refinados de petróleo. Organizado por importantes instituições financeiras globais, o acordo envolve o pré-pagamento de, pelo menos, US$ 1,5 bilhão. Algumas empresas ocidentais têm hesitado em investir e fazer negócios na Rússia desde que sanções foram impostas devido à crise na Ucrânia. Desde que sanções foram impostas ao presidente da Rosneft, o acordo com a BP é o segundo maior firmado pela companhia. A Rosneft não faz parte da lista de sanções estabelecidas pelas potências ocidentais, mas o presidente-executivo da companhia, Igor Sechin (foto), teve vistos cancelados e ativos congelados pelos Estados Unidos após a anexação da Crimeia pela Rússia. No ano passado, a empresa refinou cerca de 90 milhões de toneladas de petróleo. fonte:http://www.petronoticias.com.br

BIOQUEROSENE RECEBE CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL PARA SER MISTURADO AO QUEROSENE DE ORIGEM FÓSSIL

O bioquerosene (QAV), produzido a partir da cana-de-açúcar já pode ser adicionado na proporção de até 10% ao querosene de aviação de origem fóssil, de acordo com a certificadora internacional de padrões industriais ASTM. A norma inclui o uso de farnesano (diesel de cana), como um elemento de mistura que pode ser acrescentado ao querosene usado na aviação comercial. A decisão permitirá que bioquerosenes produzidos a partir de biomassa, como o produzido pela Amyris em parceria com a Total, possam ajudar a indústria na redução de suas emissões de gases de efeito estufa. O presidente e CEO da Amyris, John Melo (foto), disse que a norma da ASTM permite à empresa avançar nas discussões com várias das principais companhias aéreas do mundo, que planejam voos comerciais com combustíveis renováveis, reduzindo emissões ao mesmo tempo em que promovem ganhos de desempenho. O bioquerosene, por enquanto, apenas poderá ser usado para o abastecimento no exterior. Para que o consumo no Brasil seja liberado, a certificação precisa ser legitimada pela ANP, procedimento que poderá levar até 90 dias. Para o consultor em Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Alfred Szwarc, a aprovação do uso comercial de 10% de bioquerosene com o combustível convencional, representa um marco na história da aviação moderna. “Essa mistura diminuirá em cerca de 10% a emissão de gás carbônico, gerando grandes benfeitorias para a indústria aeronáutica e agregando novos benefícios para a atividade canavieira,” explicou. Ele acrescentou que os ganhos seriam maiores se a ANP já tivesse aprovado o uso comercial no Brasil. fonte: http://www.petronoticias.com.br

A importância da qualidade da água na produção de cerveja

A água é o principal constituinte da cerveja, correspondendo a aproximadamente 95% da bebida e, por esse motivo, suas características influe...