Teori autorizou o compartilhamento de provas
contidas em inquéritos abertos no STF
BRASÍLIA
- O Ministério Público Federal vai entrar com ações civis na justiça para pedir
o ressarcimento ao erário de recursos públicos desviados no esquema revelado
pela Operação Lava-Jato. Entre os políticos que serão cobrados estão os
senadores Fernando Collor (PTC-AL) e Benedito Lira (PP-AL), além da senadora
Gleisi Hoffmann (PT-PR) e do marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo. Também
estão no grupo os deputados Nelson Meurer (PP-PR), Aníbal Gomes (PMDB-CE),
Vander Loubet (PT-MS) e Arthur Lira (PP-AL), além do ex-deputado João
Pizzolatti (PP-SC).
O
ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal
(STF), autorizou o compartilhamento de provas contidas em 13 inquéritos abertos
na corte para apurar supostos crimes cometidos por políticos no esquema de
desvios de dinheiro da Petrobras. O Ministério Público deverá usar esses
documentos para instruir as ações civis. O pedido de compartilhamento de provas
foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na decisão, Teori
ressaltou que os documentos sigilosos devem manter essa condição.
No
fim de agosto, Teori autorizou o compartilhamento de provas contidas em nove
inquéritos da Lava-Jato com a Advocacia-Geral da União (AGU). A AGU também
tinha pedido acesso aos documentos para ingressar com ações cíveis na justiça
pedindo o ressarcimento de dinheiro supostamente desviado da Petrobras.
O
prejuízo para os cofres públicos ainda não foi contabilizado pelos
investigadores, mas levantamento do GLOBO nos inquéritos mostra que o grupo
teria subtraído ao menos R$ 366,5 milhões da estatal. O dinheiro poderá ser
cobrado com juros e correção monetária. A maior fatia desse total é creditada a
parlamentares do PP, que teriam embolsado R$ 357,9 milhões em recursos de
contratos de empreiteiras com a Petrobras.
fonte: O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário