Delcídio do Amaral foi cassado por 74 votos a favor, nenhum contra e uma abstenção, no plenário do Senado Federal, no dia 10 de maio. A decisão, no entanto, não o proíbe de ocupar cargos públicos, por exemplo. Em petição enviada ao STF, a força-tarefa da Lava Jato solicita a apuração do relato feito por Delcídio que se refere à "participação de personagens centrais do Partido dos Trabalhadores, entre os quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro Antonio Palocci e Paulo Okamotto, nas tratativas voltadas ao pagamento de valores ilícitos para manter o silêncio de Marcos Valério no denominado caso do 'mensalão'". A prisão aconteceu no dia 25 de novembro de 2015 com a entrega de um áudio onde Delcídio oferecia o valor de R$ 50 mil por mês para a família de ex-diretor Bernardo Cerveró, e uma fuga do país, período em que Cerveró estava preso em Curitiba. Após a decisão do presidente da sessão do impeachment, ministro Ricardo Lewandowski, do STF, de acatar um recurso da bancada petista e dividir o processo em cassação do mandato de Dilma e a manutenção de direitos políticos e a possibilidade de assumir cargos na administração pública, representantes do PSDB, do DEM e do PMDB utilizaram o caso de Eduardo Cunha, cuja votação de cassação na Câmara dos Deputados está marcada para o próximo dia 12, para justificar o mandado de segurança na Suprema Corte para questionar a elegibilidade da ex-presidente. Nesta quarta-feira (31), por 61 votos a 20, o Senado aprovou a destituição da presidente. Inicialmente, o Senado faria apenas uma votação para determinar, conjuntamente, o impeachment e a inabilitação de Dilma, conforme previsto na Constituição. No julgamento de Dilma, os senadores votaram duas vezes. Pela legislação, atualizada em 2010 pela Lei da Ficha Limpa, Delcídio fica inelegível após a cassação de seu mandato. "A perda dos direitos políticos não é consequência automática da cassação do mandato". Apontam uma "sucessão de atropelos" no trâmite do caso que teriam impedido a "ampla defesa" do ex-senador e o "devido processo legal". "Claro que ela não se sente contemplada por isso, ela queria não ter sido afastada", observou. As maiores críticas são dirigidas ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Esse grotesco atropelamento de importantes fases do procedimento só revela o quão nocivo foi o destempero do presidente do Senado para dar andamento ao procedimento de cassação", diz a peça.
Fonte: Cultura e Arte Noticias http://culturaeartenoticias.com/2016/09/delator-diz-que-ex-presidente-lula-integrou-esquema-na/
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