Medo, estresse, angústia podem estar ligados à atividade profissional.
Desenvolver bem o
trabalho e as habilidades, ser reconhecido e receber remuneração condizente são
três fatores que geram realização pessoal. É claro que é preciso dedicação
pessoal para obter isso. Mas a sensação de bem-estar não tem preço.
Mas, assim como o
trabalho é fonte de felicidade, também pode ser causa de muitos problemas
psíquicos. A importância dele na vida das pessoas e as dificuldades vividas no
ambiente profissional podem levar os trabalhadores a um grande sofrimento e
colocar em risco a saúde mental.
Esse problema tem
um nome. É o sofrimento psíquico no trabalho. Suas causas são diversas. Podem
estar ligadas às dificuldades de relacionamento com colegas ou com a chefia, ou
ainda a situações nas quais a pessoa se sente injustiçada, ameaçada ou acredita
que suas qualidades ou seus esforços não são reconhecidos.
De acordo com Carla
Júlia Segre Faiman, psicóloga da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de
São Paulo) e do Serviço de Saúde Ocupacional do Hospital das Clínicas, trabalhos
extremamente monótonos, que não valorizam o potencial do trabalhador, ou que
envolvam riscos e grande desconforto podem gerar muita insatisfação.
Pressão e estresse
A atividade da construção civil é uma das campeãs em acidentes de trabalho. O risco da atividade acaba gerando o medo, o estresse e outros sentimentos negativos, que costumam ser grandes fontes de sofrimento dos trabalhadores. Isso provoca, muitas vezes, jogos perigosos e abandono do uso de EPIs, descumprimento de normas de segurança e brincadeiras desmoralizantes. São formas que os trabalhadores encontram para lidar diariamente com o risco da morte ou de mutilação.
A atividade da construção civil é uma das campeãs em acidentes de trabalho. O risco da atividade acaba gerando o medo, o estresse e outros sentimentos negativos, que costumam ser grandes fontes de sofrimento dos trabalhadores. Isso provoca, muitas vezes, jogos perigosos e abandono do uso de EPIs, descumprimento de normas de segurança e brincadeiras desmoralizantes. São formas que os trabalhadores encontram para lidar diariamente com o risco da morte ou de mutilação.
"O perigo existe,
é real e conhecido. Mas a necessidade do emprego e de lidar com o risco leva o
trabalhador a confrontá-lo, desafiando a si mesmo e aos outros colegas",
explica Tereza Luiza Ferreira dos Santos, mestre em Psicologia Social,
psicóloga e tecnologista da Divisão de Sociologia e Psicologia da Fundacentro
(Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho).
Os sentimentos de
orgulho, rivalidade, bravura e virilidade que surgem, servem apenas para
mascarar os temores. E é aí que mora o perigo. Quando não há mais como se
"defender" da ansiedade e do medo, surgem outros comportamentos, que
devem ser percebidos como indicadores de agravamento do problema. Como a
depressão, desânimo e alcoolismo, por exemplo.
Como tratar
Embora nem sempre
seja fácil expor o que se sente, seja qual for a origem da doença, a pior
atitude a tomar é sofrer em silêncio. Em geral, as pessoas ainda têm muita
vergonha em assumir que estão com dificuldades, mas estar doente e admitir isso
não significam que sua dignidade será afetada, ou que há necessidade de se
afastar do trabalho.
Se você está
passando por essa situação, procure a ajuda de um amigo, chefe, médico ou
psicólogo, que pode orientar e apontar caminhos para resolver a questão.
Geralmente, o tratamento é realizado enquanto a pessoa trabalha, com eventual
mudança de função. O afastamento só é recomendado apenas em casos graves.
Lembre-se de que a culpa não é sua e de que você não é um
"super-homem". Em algumas situações, por exemplo, é a própria empresa
que deve ser "tratada", caso seja responsável pelo mal-estar de
várias pessoas.
Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/index.aspx
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