sexta-feira, 15 de abril de 2016

CEG: 50% dos prédios da Fazenda Botafogo tiveram gás cortado

Metade dos 86 prédios do conjunto habitacional Fazenda Botafogo, em Coelho Neto, Zona Norte do Rio, tiveram o fornecimento de gás cortado com o mesmo problema.
No último dia 5, cinco pessoas morreram em decorrência de uma explosão em um dos edifícios, devido a um vazamento de gás.
A informação foi dada pelo presidente da CEG, Bruno Armbrust, que prestou esclarecimentos em uma audiência pública da Comissão de Defesa Civil da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A CEG é a responsável pelo fornecimento de gás canalizado ao conjunto.
A empresa se comprometeu a fazer a vistoria em todos os apartamentos de Fazenda Botafogo que tenham gás canalizado. "Caso o laudo indique que a culpa foi da CEG, não vamos nos furtar à responsabilidade", disse Armbrust.

O conselheiro-presidente  da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico (Agenersa), José Bismarck de Souza, afirmou que a responsabilidade pelas vistorias no sistema de gás também é dos moradores, e relatou problemas no prédio atingido pela explosão.
" Percebemos que muitas áreas onde havia a canalização do gás não tinham ventilação. Não foi um vazamento muito grande: se fosse, o resultado seria muito pior ", disse Souza.
Avisos sobre vistoria nas contas
Durante a audiência, deputados, defensores públicos e moradores demonstraram preocupação com os apartamentos que utilizam gás de botijões. Segundo especialistas ouvidos pela comissão, o gás em botijão é 40% mais poderoso do que o gás natural.
"Vamos encaminhar medidas emergenciais à Defesa Civil, para que façam um protocolo de vistoria nos apartamentos com botijões de gás e também para que as empresas fornecedoras montem um plano de emergência e custeiem essa verificação. Não podemos ter metade solucionada e outra ainda por solucionar", afirmou o deputado Carlos Osório (PSDB), integrante da Comissão de Defesa Civil.
O deputado afirmou também que, a cada cinco anos, moradores devem fazer uma autoinspeção, mas ressaltou que falta informação sobre essa responsabilidade.
"Vamos solicitar que o governo do estado alerte sobre isso, e que a CEG alerte os moradores, na própria conta, que o prazo está acabando. A sanção para quem não quiser a vistoria é o corte no fornecimento", questionou o deputado.
" Se o gás em botijão é cortado, o morador fica sem gás mesmo. Se ele é mais perigoso, como fica a situação deles?", questionou a defensora pública Patrícia Cardoso, coordenadora do núcleo de defesa do consumidor. Uma reunião com os 86 síndicos de prédios da Fazenda Botafogo está marcada para a próxima quarta-feira (20), para tratar do assunto.

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