Metade dos 86 prédios do conjunto habitacional
Fazenda Botafogo, em Coelho Neto, Zona Norte do Rio, tiveram o fornecimento de
gás cortado com o mesmo problema.
No último dia 5,
cinco pessoas morreram em decorrência de uma explosão em um dos edifícios,
devido a um vazamento de gás.
A informação foi dada pelo presidente da CEG, Bruno
Armbrust, que prestou esclarecimentos em uma audiência pública da Comissão de
Defesa Civil da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A CEG é a responsável
pelo fornecimento de gás canalizado ao conjunto.
A empresa se comprometeu a fazer a vistoria em
todos os apartamentos de Fazenda Botafogo que tenham gás canalizado. "Caso
o laudo indique que a culpa foi da CEG, não vamos nos furtar à
responsabilidade", disse Armbrust.
O conselheiro-presidente da Agência
Reguladora de Energia e Saneamento Básico (Agenersa), José Bismarck de Souza,
afirmou que a responsabilidade pelas vistorias no sistema de gás também é dos
moradores, e relatou problemas no prédio atingido pela explosão.
" Percebemos que muitas áreas onde havia a
canalização do gás não tinham ventilação. Não foi um vazamento muito grande: se
fosse, o resultado seria muito pior ", disse Souza.
Avisos sobre vistoria nas contas
Durante a audiência, deputados, defensores públicos e moradores demonstraram preocupação com os apartamentos que utilizam gás de botijões. Segundo especialistas ouvidos pela comissão, o gás em botijão é 40% mais poderoso do que o gás natural.
Durante a audiência, deputados, defensores públicos e moradores demonstraram preocupação com os apartamentos que utilizam gás de botijões. Segundo especialistas ouvidos pela comissão, o gás em botijão é 40% mais poderoso do que o gás natural.
"Vamos encaminhar medidas emergenciais à
Defesa Civil, para que façam um protocolo de vistoria nos apartamentos com
botijões de gás e também para que as empresas fornecedoras montem um plano de
emergência e custeiem essa verificação. Não podemos ter metade solucionada e
outra ainda por solucionar", afirmou o deputado Carlos Osório (PSDB),
integrante da Comissão de Defesa Civil.
O deputado afirmou também que, a cada cinco anos,
moradores devem fazer uma autoinspeção, mas ressaltou que falta informação
sobre essa responsabilidade.
"Vamos solicitar que o governo do estado
alerte sobre isso, e que a CEG alerte os moradores, na própria conta, que o
prazo está acabando. A sanção para quem não quiser a vistoria é o corte no
fornecimento", questionou o deputado.
" Se o gás em botijão é cortado, o morador
fica sem gás mesmo. Se ele é mais perigoso, como fica a situação deles?",
questionou a defensora pública Patrícia Cardoso, coordenadora do núcleo de
defesa do consumidor. Uma reunião com os 86 síndicos de prédios da Fazenda
Botafogo está marcada para a próxima quarta-feira (20), para tratar do assunto.
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