terça-feira, 12 de abril de 2016

Concursos: são comuns cartas marcadas, fraudes e vetos a tecnólogos? Especialista responde

‘Cartas marcadas’ “Desde o meu primeiro concurso, quando eu tinha 18 anos, as pessoas diziam que seriam ‘cartas marcadas’. Por isso, eu nem estava estudando. Até que encontrei um colega da faculdade que disse que não era bem assim e que no concurso anterior tinha até sobrado vagas. Eu comecei a estudar com dois amigos. Fomos os três aprovados, nas primeiras colocações. Aquele foi o meu primeiro emprego”, conta Lia. Segundo Lia Salgado, antigamente era mais complicado porque mesmo que o candidato fosse aprovado dentro das vagas do edital não havia segurança de que ele seria nomeado. Mas desde 2011 o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que os aprovados dentro do número de vagas oferecidas no edital devem ser nomeados e devem assumir o cargo. “Pode demorar um pouquinho, o prazo de validade do concurso todo, mas certamente essa pessoa será nomeada”, diz. Já no caso de concurso para cadastro de reserva não há essa garantia. Fraudes Além disso, fraudes são exceção. As bancas examinadoras passam por diversos controles de segurança e os próprios candidatos acompanham as aprovações. Se acontecer, é crime e como tal será tratado. O famoso ‘QI’ Segundo Lia, a terceira acusação que os concursos sofrem é que só passa quem é indicado. “Você conhece a história de tantas pessoas que foram aprovadas, mesmo com dificuldades, até moradores de rua. Você realmente acredita que tinham apadrinhamento?”, questiona. Lia diz é difícil passar em concurso, mas não por causa de fraude nem de apadrinhamento, mas porque é muita gente se dedicando. “Mas se você se preparar de uma forma séria, com continuidade, não desistindo no meio do caminho, seu nome vai ficar lá também”, garante. Tecnólogo Estou terminando a graduação em tecnólogo. Quero fazer concurso para a área fiscal do RJ, mas não sei se tranco a faculdade de direito, pergunta Thiago Braz. Segundo Lia, passar na área fiscal exige mesmo uma dedicação profissional, que é fazer uma rotina de estudo bem organizada, com horário de assistir aula, de se dedicar fora de sala de aula para sedimentar os conhecimentos e com um tempo longo para isso. Lia não vê problema em o candidato trancar temporariamente o curso. “Assim que ele for aprovado no concurso ele volta para a faculdade e vai perceber que ele aprendeu muito direito se preparando para concurso”. Vale lembrar que o estado do Rio de Janeiro não aceita o diploma de tecnólogo para o cargo de auditor fiscal (ICMS). O município do Rio (ISS) não faz restrições. Por outro lado, o Rio tem muitos municípios vizinhos e quase todos eles têm a carreira fiscal estruturada, o que aumenta bastante o leque de oportunidades. E a grande maioria não faz restrição a tecnólogo, por isso, é preciso observar cada edital para saber o que é aceito. Quanto a passarem a exigir bacharelado para fiscal, teria de haver alteração na lei do cargo, em cada município, conforme o concurso. “Eu no seu lugar faria essa escolha: trancaria a faculdade, me dedicaria profissionalmente a passar no concurso e depois logo em seguida retornaria para a faculdade”, diz Lia Salgado. fonte: g1.globo.com

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