quarta-feira, 13 de abril de 2016
PRODUÇÃO ESTÁVEL LANÇA DÚVIDAS SOBRE META DA PETROBRAS PARA 2016
Os dados de produção da Petrobras em fevereiro surpreenderam negativamente os mercados. Após cair 8,2% em janeiro, na comparação com dezembro, a produção da estatal não conseguiu se recuperar e manteve-se estável em 2 milhões de barris/dia em fevereiro, o que joga dúvidas sobre o cumprimento da meta da companhia de produzir 2,145 milhões de barris diários de petróleo em 2016, segundo a avaliação de analistas consultados pelo Valor.
O J.P. Morgan destacou ontem que esperava pela recuperação das operações em fevereiro, mas que os dados abaixo do previsto já levam o banco a projetar uma queda de 3% na produção do primeiro trimestre, ante o quarto trimestre do ano passado. Segundo o banco, a Petrobras terá de aumentar em 15% a produção em março, frente a fevereiro, só para compensar as perdas de janeiro e fevereiro e atingir o nível de produção doméstica do quarto trimestre de 2015, de 2,117 milhões de barris/dia.
O banco, contudo, acredita ser "improvável" que a estatal atinja ao final de março esse patamar - ainda cerca de 30 mil barris/dia abaixo do previsto para o ano.
Para que a empresa atinja a meta de produção de 2016, o Goldman Sachs calcula que a estatal terá que aumentar em 8,5% o nível de produção em março, ante fevereiro, e manter o patamar de cerca de 2,17 milhões de barris/dia até o fim do ano.
"O resultado de fevereiro vai comprometer a meta de produção [para 2016]", afirmou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, que chama a atenção para a forte queda da produção na Bacia de Campos. A média de produção de 2016 na região, segundo ele, está em 1,33 milhão de barris/dia - número 10,6% inferior à média de 2015, de 1,488 milhão de barris/dia.
Em meio ao desempenho fraco no primeiro bimestre e à queda dos investimentos, o Goldman vê riscos de que a Petrobras não conseguirá cumprir também suas metas de longo prazo. A estimativa do banco é que a estatal produza 2,35 milhões de barris diários ao fim da década, contra o plano da estatal de produzir 2,7 milhões de barris/dia no Brasil em 2020.
A Petrobras atribuiu a estabilidade na produção em fevereiro à "continuidade das paradas programadas para manutenção em plataformas". A estatal não informou que unidades foram interrompidas para manutenção, mas dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostram que a petroleira registrou em fevereiro quedas expressivas, de dois dígitos, na produção em quatro de suas principais plataformas.
Juntas, as unidades P-53 (Marlim Leste), Cidade de Ilhabela (Sapinhoá), Cidade de Itajaí (Baúna) e Cidade de Itaguaí (Lula) contribuíram para reduzir em 64 mil barris diários de petróleo em fevereiro. Essa redução compensou o ganho que a estatal conseguiu obter com recuperação das unidades Cidade de Mangaratiba e P-58, que pararam para manutenção em janeiro.
A Petrobras prevê, para 2016, a entrada de mais duas plataformas: Cidade de Saquarema (Lula Central) e Cidade de Caraguatatuba (Lapa), na Bacia de Santos. A estatal já informou que a expectativa é que uma delas seja antecipada, o que pode ajudar a compensar, pelo menos em parte, os níveis baixos de produção neste início de ano.
Fonte: Valor Econômico/André Ramalho e Rodrigo Polito | Do Rio
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