quarta-feira, 13 de abril de 2016

TRANSPETRO LANÇA JATO D'ÁGUA PARA DISPERSAR ÓLEO NO LITORAL DO RS

A Transpetro, empresa responsável pelo transporte de petróleo na costa do Rio Grande do Sul, realizou na última sexta-feira (8) um trabalho chamado "dispersão mecânica", que consiste em lançar jatos d'água para dispersar o óleo que vazou de um navio na noite da última quarta (6) entre Tramandaí e Imbé, no Litoral Norte gaúcho. A medida foi tomada para evitar que a mancha chegue à orla e cause danos ao meio ambiente, devido à mudança na direção do vento. A Transpetro diz que pelo menos 2,5 mil litros de óleo foram despejados na costa gaúcha, mas o Ministério Público investiga se o volume é maior. Na manhã desta sexta (8), foi possível ver que a mancha estava menos espalhada que na quinta (7), e tinha se deslocado na direção Sul. O pesquisador Ignácio Moreno, do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), monitora o desenvolvimento de botos na barra de Imbé há mais de 20 anos. Ele teme que acidentes deste tipo comprometam a vida marinha na região. "Provavelmente não vamos perceber agora um impacto direto, mas a longo prazo, esse impacto na fauna marinha, nos invertebrados e em toda a cadeia alimentar vai repercutir de forma negativa", lamenta. O prefeito de Imbé, Pierre Emerim, disse que já havia alertado o Ibama e a Transpetro pelos riscos de acidentes três meses atrás. "Fiz um alerta de que as operações estavam em risco em alto mar", disse. Segundo o político, a Petrobras tomou uma decisão equivocada ao diminuir equipes de apoio. Como foi o vazamento O incidente ocorreu no final do descarregamento de óleo de um navio, que estava conectado a monoboias, que ficam a cerca de 6 km da orla, na quarta-feira (6). O mangote – espécie de duto submarino que conecta a monoboia ao navio – se rompeu, liberando parte do óleo. De acordo com a empresa responsável, um vendaval por volta das 19h30 teria provocado o rompimento e a liberação do óleo. Na manhã desta sexta-feira (8) foi realizado um sobrevoo por técnicos da empresa, que vão avaliar a situação do vazamento. Junto a Isso, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e outros órgãos de investigação e fiscalização como o Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Federal, acompanham os desdobramentos do vazamento, apurando possíveis responsabilizações, em um inquérito já aberto. O Ibama disse que recebeu o alerta apenas informalmente. Já a Petrobras não deu resposta. Em 2012 e 2014, vazamentos de óleo ocorreram no mesmo local Em 2012, o sistema de segurança não funcionou, impedindo o travamento do mangote – duto submarino responsável por conectar a monoboia ao navio que transportam o produto. Ao se romper e não ser contido, o dispositivo liberou o óleo no oceano. Após abertura de inquérito para apurar as causas do acidente, a Polícia Federal indiciou a empresa responsável pelo transbordo do petróleo e 3 funcionários pelo vazamento no Litoral do Rio Grande do Sul. Segundo a PF, a falta da manutenção causou o rompimento de uma válvula, por onde o petróleo vazou. A investigação apontou também, com base em informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que foi usada pela mesma empresa uma substância tóxica nociva à saúde humana e ao meio ambiente durante a operação desencadeada para conter o produto derramado no oceano. Fonte: G1/ RS

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