A espanhola Gas Natural Fenosa lançou este mês um plano de negócios global de € 14 bilhões (cerca de R$ 56 bilhões) para o período entre 2016-2020.
Controladora das distribuidoras de gás canalizado CEG, CEG Rio e Gas Natural SPS, a companhia prevê, para o Brasil, investimentos na expansão da rede de gás e projetos de geração de energia.
Para 2016, a meta é aumentar os aportes no país, o maior mercado da área de distribuição de gás fora da Espanha.
Ao todo, a empresa prevê investir R$ 525,6 milhões no país, na expansão e modernização das redes de gás nas áreas de concessão da CEG e CEG Rio, no Rio de Janeiro, e na Gas Natural SPS, no sul do Estado de São Paulo. O montante é 34% maior que o investido em 2015.
Em seu plano de negócios, a Gas Natural Fenosa estima que o Brasil ainda tem potencial muito grande de penetração do gás e projeta crescimento de 5% ao ano no número de clientes no país.
Responsável por 5% do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) global, o Brasil é um dos principais mercados da empresa espanhola, cuja atuação é muito concentrada na Espanha e na América Latina. No ano passado, seu Ebitda no Brasil totalizou € 263 milhões.
Do plano, previsto até 2020, cerca da metade dos aportes (€ 7,2 bilhões) será destinada à área de distribuição de gás e eletricidade. A meta é crescer, sobretudo, no Chile, México e Espanha e investir em melhorias na rede de gás no Brasil. Já a parte de geração de energia vai demandar € 4,5 bilhões. A meta é elevar em 3,5 mil MW sua capacidade instalada: 2,5 mil MW de fontes renováveis e até 1 mil MW de usinas a gás.
A empresa tem, atualmente, uma carteira global de 4 mil MW de projetos em diferentes graus de maturidade em desenvolvimento, sendo 350 MW no Brasil. A Gas Natural Fenosa avalia projetos, ainda, em países como Colômbia, Chile, México e Porto Rico, na América Latina; e Indonésia, Índia, Austrália, Marrocos e África do Sul.
A potência instalada da empresa no mundo, hoje, é de 15.465 MW.
O plano de negócios prevê investimentos ainda no segmento de gás natural liquefeito (€ 1,6 bilhão) e serviços (€ 700 milhões).
Fonte: Valor Econômico
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