A venda do leite Elegê está suspensa em todo Estado do Rio, não apenas
na capital fluminense. A decisão foi tomada nesta sexta-feira pela Secretaria
de Estado de Proteção e Defesa do Consumidor (Seprocon), por meio do Procon
Estadual.
A secretaria tomou conhecimento de que o produto estaria impróprio para
consumo por meio do Procon Carioca - que atua apenas no município do Rio - e
estendeu a suspensão para todo o estado. Na quinta-feira, o Procon Carioca deu
início a uma fiscalização para retirar das prateleiras dos supermercados todos
os leites da marca. A ação foi motivada por várias denúncias de consumidores
que relataram ter comprado leite com cor, gosto e cheiro anormais. Todos os
supermercados do Estado do Rio devem interromper a venda dos leites Elegê,
tanto integral, quando desnatado e semidesnatado.
Mercados deverão receber
embalagens de leite de volta
Os fiscais do Procon Estadual vão nesta sexta-feira a supermercados de
várias cidades da Região Metropolitana – Niterói, São Gonçalo, Nova Iguaçu,
Duque de Caxias e São João de Meriti – para entregar o ato de instauração desse
processo diretamente aos gerentes dos estabelecimentos.
Pela determinação, os gerentes serão responsáveis por informar a todas
as lojas da rede de supermercados em que trabalham sobre a proibição da venda
do produto, e os estabelecimentos deverão receber de volta dos consumidores as
embalagens do leite Elegê vendido, devolvendo em dinheiro o valor pago.
A fiscalização também irá recolher amostras de cada lote do leite Elegê
que estiver à venda para serem analisadas pelo Laboratório Central de Saúde
Pública do Rio de Janeiro Noel Nutels (Lacen-RJ). O leite retirado das
prateleiras ficará guardado nos próprios supermercados, e a venda permanecerá
suspensa, pelo menos, até sair o resultado desses testes. Os estabelecimentos
que não obedecerem essas regras serão multados.
Segundo o processo do Procon Estadual, a BRF, empresa detentora da marca
Elegê, também deverá realizar exames de amostras de todos os lotes do leite
Elegê que estiverem à venda. O teste deverá ser realizado pela Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com amostras recolhidas após a
instalação do processo.
Denúncia atinge sete lotes
As denúncias recebidas pelo Procon Carioca indicam problemas em sete
lotes: CDVP 12:49; CDVP 08:09; CDGC 17:37; CDFZ 13:54; CDSA 16:53 3; CDNZ 23:55
3; e CDVP 06:09. Segundo a BRF, porém, apenas os três últimos lotes foram
retirados “proativamente” do mercado.
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