sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Cresce número de incidentes com petróleo em alto-mar

Segundo a indústria petrolífera, a trágica explosão da plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México, foi um evento isolado, fruto de uma série de deslizes sem precedentes que dificilmente se repetirão. Não é o que sugere a história recente da exploração de petróleo em alto-mar.

Nos meses que antecederam e se seguiram ao acidente, que matou 11 pessoas e lançou milhões de barris de petróleo nas águas do golfo, o setor foi palco de vários derramamentos graves e alarmantes quase-acidentes, alguns deles muitíssimo parecidos com o ocorrido na Deepwater Horizon.

Um acidente na costa australiana deixou petróleo vazando por semanas no Mar do Timor. Um poço fora de controle no Golfo do México deslocou um equipamento de duas toneladas no convés da plataforma Lorris Bouzigard, para grande susto dos operários. No Mar do Norte, no litoral da Noruega, o vazamento de gás a bordo de uma plataforma de produção por pouco não causou uma tragédia das proporções da Deepwater Horizon.

Dados de entidades reguladoras do mundo todo sugerem que, após anos avançando, a segurança de operações de exploração em alto-mar piorou nos últimos dois anos.

O Wall Street Journal analisou estatísticas de quatro países com grandes indústrias de perfuração em alto-mar e sistemas modernos de regulamentação: Estados Unidos, Grã-Bretanha, Noruega e Austrália (um quinto, o Brasil, não disponibilizou os dados). Embora cada país use um método distinto para medir a perda do controle de poços ou derramamentos, a tendência que revelam é semelhante.

Em atividades de perfuração no trecho americano do Golfo do México houve, em 2009, 28 registros importantes de derramamento de petróleo, vazamento de gás ou incidentes em que trabalhadores perderam o controle de um poço. É 4% a mais do que em 2008, 56% a mais do que em 2007 e cerca de 65% a mais do que em 2006. Se computado o número de horas trabalhadas em plataformas em alto-mar, o ritmo dos incidentes subiu todos os anos de 2006 a 2009.

A agência de saúde e segurança no trabalho do Reino Unido registrou 85 vazamentos sérios de petróleo e gás no ano encerrado em 31 de março, 39% a mais do que no anterior. Computado o total de horas trabalhadas em alto-mar, foi o maior índice desde 2004-05.

Na Noruega, houve 37 vazamentos de petróleo e gás e "incidentes em poços" em 2009, segundo o órgão regulador da atividade no país. É 48% a mais do que em 2008 - e o maior nível desde 2003. O índice de incidentes da Noruega por homem-hora subiu 42% em 2009, para o maior patamar desde 2005.

No primeiro semestre do ano na Austrália, houve 23 derramamentos de petróleo, vazamentos de gás e incidentes que ameaçaram a ruptura de um poço, segundo a Autoridade Nacional de Segurança do Petróleo Offshore. É quase o total de incidentes do gênero em 2009 (24). Computadas as horas trabalhadas, a taxa de incidentes mais do que dobrou desde 2005.

"Por que a segurança na indústria offshore parece estar se deteriorando?", pergunta Jane Cutler, ex-executiva do setor e, hoje, diretora da autoridade reguladora da Austrália. Sua resposta: "As pessoas esquecem de ter medo."

O Instituto Americano do Petróleo (API), que representa a indústria petrolífera dos EUA, pede cautela na leitura das estatísticas. "Tirar conclusões generalizadas a partir de uma análise limitada dos dados não serve de nada", declarou o instituto num comunicado. No passado, especialistas do API chamaram atenção para dados que indicariam que a ficha do setor está melhorando - como um declínio constante no volume de petróleo derramado a cada ano.

"Não acredito que haja um surto (...) de acidentes", diz Lee Hunt, presidente da Associação Internacional de Empresas de Perfuração. "E quando algo ocorre, é comum vermos um alto nível de competência na resolução do problema."

Seja como for, as empresas que operam poços ao redor do mundo estão reexaminando seus procedimentos, em grande parte devido ao medo de que um erro qualquer possa levar a um oneroso desastre. A BP PLC calcula que o vazamento no golfo custará à empresa e aos parceiros (donos do poço que explodiu) US$ 40 bilhões.

Há várias explicações possíveis para a recente onda de problemas. Investigações sobre a plataforma Deepwater Horizon e outros incidentes recentes ressaltam a dificuldade do setor para achar e reter trabalhadores qualificados, sua luta para equilibrar prioridades de segurança com a necessidade de lucro e lapsos ocasionais devido à regulamentação frouxa. Esses desafios só se intensificam à medida que as petrolíferas testam os limites da tecnologia e da experiência em águas mais profundas, ambientes mais hostis e jazidas de petróleo mais complexas, dizem os investigadores.

Não obstante, o investimento na exploração em águas profundas está acelerando. Perfurar nelas é crucial para saciar a crescente sede de combustível do mundo. O potencial retorno - lucro para acionistas de petrolíferas, arrecadação de impostos, emprego e independência energética para o país - é grande demais para conter o avanço dessa atividade.

Depois da explosão na Deepwater Horizon, representantes do setor e autoridades prometeram tomar medidas para prevenir outro desastre. Novas regras para o Golfo do México estão sendo elaboradas. EUA e Europa estão desenvolvendo novos sistemas de resposta rápida para conter vazamentos de petróleo em alto-mar.

A confiança do setor na própria capacidade de operar com segurança instalações de exploração de petróleo e gás no mar segue basicamente inabalada. A Deepwater Horizon "foi um incidente isolado", diz Erik Milito, um direotr do API. "Não acreditamos que haja um problema sistêmico no setor."

O setor aponta para o longo histórico de 50.000 poços perfurados no Golfo do México sem uma catástrofe similar à registrada no início deste ano.

Certos especialistas afirmam, no entanto, que dados como esses mascaram o desafio cada vez maior da exploração em alto-mar. A cada ano, a atividade fica mais complexa, pois locais de fácil perfuração já foram explorados. A maioria daqueles 50.000 poços eram fáceis se comparados ao da Deepwater Horizon.

O engenheiro David M. Pritchard, consultor na área de petróleo, estudou um banco de dados de 5.000 poços no Golfo do México de 1993 para cá - classificados pela dificuldade de perfuração. Pritchard buscou estruturas no mínimo tão complexas quanto a que a Deepwater Horizon tentava perfurar. Achou 43.

"Qual o verdadeiro risco de que ocorra um erro catastrófico? É de 1 em 50.000 ou agora é de 1 em 43?", pergunta Pritchard. Seu medo é que o setor esteja simplesmente fechando os olhos para os riscos que enfrenta.

O API diz estar analisando o estudo de Pritchard como parte de um vasto exame de questões ligadas a poços em águas profundas e deve soltar recomendações no próximo ano.

A Deepwater Horizon não foi a única plataforma de petróleo em alto-mar a ter problemas recentemente. Vários incidentes menos divulgados lançam luz sobre a crescente luta do setor para controlar riscos nessas operações.

Em 19 de abril de 2009, quase um ano antes do acidente na Deepwater Horizon, outra plataforma no Golfo do México - a Lorris Bouzigard, da Noble Corp. - foi sacudida por um violento estouro. Uma bolha de gás explosivo subiu pela tubulação e deslocou, na plataforma, um equipamento de duas toneladas, segundo revelou a investigação posterior das autoridades. Com muito esforço, a situação foi controlada. Ninguém saiu ferido. Assim como na Deepwater Horizon, a investigação do governo americano concluiu que houve demora na detecção do gás que subia pela tubulação, em parte porque as telas de computador da sala de controle não estavam configuradas para mostrar os problemas claramente. Além disso, trabalhadores da dona do poço, a LLOG Exploration Co., tinham mudado de última hora um procedimento, eliminando uma etapa que poderia ter retirado o gás do poço.

O vice-presidente de perfuração da LLOG, Bob McMann, diz que a empresa está de acordo com a maioria das conclusões da investigação. Segundo ele, o incidente "não chegou nem perto" de ser um grande desastre, e atribui ao treinamento e capacidade dos trabalhadores a rápida solução da situação. A Noble não quis comentar o incidente.

Meses depois, do outro lado do mundo, o pessoal de outra plataforma não conseguiu conter um grande problema. Em 21 de agosto de 2009, uma empresa tailandesa que perfurava no Mar do Timor 650 quilômetros a oeste de Darwin, na Austrália, perdeu o controle de um poço de petróleo em perfuração. Durante seis semanas, o poço lançou centenas de barris de petróleo por dia no mar. O fogo destruiu a plataforma, com prejuízos estimados em US$ 150 milhões.

Um relatório do governo australiano divulgado no mês passado acusou a estatal PTT PCL, envolvida na operação, de deficiências "generalizadas e sistêmicas".

Jane Cutler, da agência reguladora na Austrália, atribui o acidente da PTT à "incompetência de operários, funcionários e empreiteiras". A PTT reconheceu as "deficiências" e prometeu renovar o compromisso com a segurança das operações, segundo um comunicado.

A indústria e seus defensores observam que nenhum desses incidentes se equiparou ao da Deepwater Horizon em escopo ou prejuízo. Aliás, dizem, serviram para mostrar como, na maioria dos casos, procedimentos e tecnologias existentes evitaram o pior ou contiveram o estrago.

Certos especialistas dizem que a onda de acidentes mostra que o da Deepwater Horizon não foi um evento isolado e que, ao descrever o desastre como um "evento de baixa probabilidade e alta consequência", o setor fecha os olhos para a probabilidade de que esse tipo de acidente se repita.



Fonte: Valor Econômico/Russell Gold e Ben Casselman
The Wall Street Journal

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ações da Petrobras abrem em alta em 1º pregão pós-capitalização

De Agencia EFE – São Paulo, 27 set.


As ações da Petrobras, que chegaram a cair 30% nas últimas semanas diante da incerteza em relação à capitalização da empresa, abriram nesta segunda-feira em alta, no primeiro dia de negociações após a histórica emissão realizada na sexta pela companhia.As ações preferenciais, que 20 minutos após o início do pregão representavam 45,18% do volume de negócios da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), subiram 0,64%, enquanto as ações ordinárias valorizaram 0,43%.Esses títulos chegaram a representar 56% de todas as negociações do pregão na bolsa e fizeram com que o Ibovespa começasse a semana no terreno positivo.Os analistas preveem que, uma vez concluída a bilionária capitalização da Petrobras, as ações da empresa devem subir e se recuperar da queda das últimas semanas.A Petrobras emitiu na sexta-feira 2,294 bilhões de ações ordinárias e 1,788 bilhão de ações preferenciais por um total de R$ 115,041 bilhões, em uma capitalização recorde na história do capitalismo mundial.Os novos títulos começaram a ser negociados na sexta-feira na Bolsa de Nova York e nesta segunda-feira na Bovespa.Os investidores que adquiriram as ações começaram com lucro, já que as ordinárias iniciaram o pregão a R$ 29,65 cada e, aos 20 minutos de negociações, chegaram a R$ 29,78.As ações preferenciais iniciaram a R$ 26,30 e passaram a valer R$ 26,47 cada com o início das negociações.A oferta pública de aquisição de ações da Petrobras tornou a companhia a quarta maior em valor de mercado do mundo, segundo cálculos de diversas firmas de consultoria.A emissão de R$ 115,041 bilhões (US$ 66,9 bilhões) da Petrobras praticamente dobrou a de US$ 36,8 bilhões da operadora japonesa de telecomunicações NTT em 1987, que era a maior do mundo até sexta-feira.A capitalização elevou o valor de mercado da companhia brasileira para cerca de US$ 220 bilhões, tornando-a a quarta maior entre as companhias de capital aberto de todo o mundo, sendo superada apenas pela petrolífera americana Exxon Mobil, pela chinesa Petrochina e pela companhia de tecnologia americana Apple. A operação também permitiu ao Governo aumentar sua participação no capital da companhia de cerca de 40% para 48%. O Governo assinou a capitalização mediante a cessão à Petrobras do direito a explorar jazidas ainda não licitadas com reservas de 5 bilhões de barris a um preço médio de US$ 8,51 por barril.Os investidores minoritários contribuíram com US$ 25 bilhões, que são os recursos que a empresa usará para financiar parte de seu ambicioso plano de investimentos até 2014, de cerca de US$ 224 bilhões.

24/09/2010 - De Agencia EFE

A Petrobras se transformou hoje (24/09) na quarta empresa de capital aberto mais valiosa do mundo graças a uma emissão de ações sem precedentes nos mercados. A captação de R$ 115,041 bilhões em uma oferta pública de ações registrada hoje elevou o valor de mercado da empresa a cerca de US$ 220 bilhões.
Esse número só é superado por gigantes como Exxon (US$ 290 bilhões), PetroChina e Apple, segundo estudos de empresas de consultoria com base no fechamento dos mercados esta semana.
A valorização da Petrobras está mais vinculada a sua potencialidade que a sua atual produção. A empresa ainda está longe de alcançar uma produção parecida com as de outras companhias que pertencem a gigantes como Shell, BP, Exxon e Chevron.
Sua produção em julho foi de 2,6 milhões de barris de petróleo e gás equivalente, volume muito abaixo do de empresas como Gazprom (Rússia), Saudi Aramco (Arábia Saudita) e Nioc (Irã). A produção da Petrobras também não supera a da mexicana Pemex e a venezuelana PDVSA. Mas a empresa, com reservas provadas de 14 bilhões de barris, pode se tornar uma das maiores exportadoras mundiais de petróleo com a descoberta do pré-sal.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a emissão de ações permitiu ao Estado aumentar sua participação no capital total da Petrobras de 40% para 48%. O restante das ações são negociadas nas bolsas de São Paulo, Nova York, Madri e Buenos Aires.
Os investimentos na produção de etanol e biodiesel, assim como em térmicas a gás, permitem a companhia se autodenominar como a quarta maior empresa integrada de energia do mundo.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sistema Piloto de Tupi Recebe a Primeira Plataforma

Qui, 23 de Setembro de 2010 07:51

Chegou ontem à sua locação operacional no campo de Tupi, área do pré-sal da Bacia de Santos, a plataforma Cidade de Angra dos Reis que será a unidade produtora do Sistema Piloto de Tupi. Com capacidade para produzir até 100 mil barris de petróleo por dia, a plataforma dará início à produção efetiva do maior campo de petróleo até agora descoberto no Brasil, com reservas estimadas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo.
A Cidade de Angra dos Reis, construída na China a partir da conversão de um navio convencional, é uma plataforma do tipo Unidade Flutuante de Produção, Estocagem e Transferência de Petróleo (FPSO na sigla em inglês). Ela deverá ser interligada a nove poços, sendo cinco produtores e quatro injetores de água e gás, devendo entrar em produção nas próximas semanas. A Petrobras confirmou a informação, mas não deu maiores detalhes.
De acordo com o projeto original traçado para a operação do sistema piloto, a Cidade de Angra dos Reis irá produzir no seu período de pico aproximadamente 90 mil barris de petróleo por dia e cerca de 3,8 milhões de metros cúbicos de gás. A plataforma pode processar até 100 mil barris de óleo e comprimir até 5 milhões de metros cúbicos (m3) de gás por dia, sendo que a capacidade de exportação (transferência) de gás é de até 3 milhões de m3/dia.
Ainda de acordo com o planejamento da Petrobras, sócia majoritária e operadora do campo de Tupi com 65% da concessão - a BG possui 25% e a portuguesa Galp, 10% -, o petróleo produzido em Tupi será transferido periodicamente para navios denominados aliviadores, que transportarão o óleo para os terminais terrestres. Já o gás, deverá ser ser transportado por dutos para a plataforma de Mexilhão, de onde seguirá para a estação de tratamento de gás natural de Caraguatatuba (SP).
O campo de Tupi fica a cerca de 265 quilômetros do litoral do Rio de Janeiro e a mais de 2.100 metros de lâmina d'água (distância entre a superfície e o fundo do mar). Quando o sistema piloto entrar em operação, será o primeiro campo do pré-sal da Bacia de Santos em produção após a fase de testes. O primeiro campo do pré-sal a produzir petróleo no Brasil foi o de Jubarte, no litoral do Espírito Santo, na parte norte da Bacia de Campos, mas Jubarte fica em uma área mais próxima ao litoral, apenas 70 quilômetros e em águas mais rasas (lâmina d'água de 1.375 metros).
Tupi teve sua descoberta oficialmente divulgada em novembro de 2007 e desde maio de 2009 opera no campo a plataforma Cidade de São Vicente, operando em fase de Teste de Longa Duração (TLD) com capacidade para produzir até 30 mil barris de petróleo por dia.
Com a chegada da plataforma do sistema piloto, a previsão é de que a Cidade de São Vicente seja transferida para outro campo. A plataforma Cidade de Angra dos Reis tem 330 metros de comprimento e 58 metros de embocadura, tendo capacidade para abrigar até cem operadores.



Fonte: valor Econômico/Chico Santos (Rio)

domingo, 15 de agosto de 2010

Eike anuncia "meia Bolívia" de gás no Maranhão

Denise Luna (Agência Reuters)

Rio, 16:12 12/8/2010 - (Reuters) - O empresário Eike Batista anunciou nesta quinta-feira que encontrou "metade de uma Bolívia" em gás natural no Maranhão, na bacia do Parnaíba, volume que, segundo ele, garantiria pelo menos 25 por cento do consumo de gás no Brasil.
Ressaltando que são apenas estimativas, o empresário disse em teleconferência com analistas que as reservas na região podem atingir 15 trilhões de pés cúbicos, quase dobrando a reservas atuais do Brasil.
Segundo ele, a produção poderia chegar a cerca de 15 milhões de metros cúbicos diários ao longo de 40 anos, volume equivalente a metade do que o gasoduto que vem da Bolívia pode transportar diariamente.
"É uma coisa especial e podem ter certeza absoluta que essa é uma nova província que se abre no país", disse Eike, acrescentando que fez questão de ligar para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comunicar a descoberta.
"Isso (reservas) são números de Eike Batista, mas pelas extrapolações, pela sísmica feita, estamos olhando algo em torno de 10 a 15 trilhões de pés cúbicos de gás em reservas", afirmou, ressaltando que o volume significa oito vezes mais do que estava esperando.
Com a descoberta, os planos da MPX --braço de geração elétrica do grupo EBX e parceira da OGX nos blocos no Maranhão-- serão duplicados e a expectativa é de que em dois anos entre em operação a primeira termelétrica da empresa movida a gás.
Segundo Eike, a opção será construir as unidades em ciclo aberto e em módulos de 100 a 140 megawatts cada, para entrar em operação conforme a demanda por energia.
"Nosso projeto inicial era de 1.863 megawatts e vamos dobrar isso", disse o empresário, lembrando que o investimento previsto era de 1,4 bilhão de dólares.
A energia gerada será vendida tanto nos leilões do governo como no mercado livre, informou o empresário.

AÇÕES TÊM FORTES ALTAS

As ações da MPX dispararam na bolsa paulista após o anúncio das possíveis mega reservas de gás, assim como também subiam as da OGX, ambas descolando do mercado em geral.
Por volta das 15h40 (horário de Brasília), os papéis da MPX subiam 6,7 por cento e os da OGX se valorizavam em 2,1 por cento, enquanto o Ibovespa operava com leve baixa de 0,3 por cento.
O otimismo com a área no Maranhão aumentou também a previsão do número de poços que serão perfurados pela companhia, passando de 5 para 15, o que vai demandar investimentos entre 600 e 700 milhões de reais que virão do caixa próprio da OGX, que hoje gira em torno dos 3,4 bilhões de dólares.
"O mais fantástico de tudo é que está onshore (terra), onde os custos são menores, e numa área do Brasil onde tem riquezas que podemos agregar valor", disse, referindo-se às indústrias da região.
Segundo Eike, apesar do fornecimento diário de até 30 milhões de metros cúbicos de gás natural da Bolívia e da produção de cerca de 60 milhões de metros cúbicos diários da Petrobras, ainda existe espaço para a produção do Nordeste do país.
"O mercado precisa de muita energia até para substituir as térmicas a óleo, como está ocorrendo na China...o Brasil está crescendo muito e precisa de mais 4 mil megawatts de energia por ano", destacou.

OBS. Estimar reserva é bem parecido como afirmar o time que vai ganhar uma partida 15 minutos antes dela começar, ainda mais partindo de quem deu essa informação. Não por acaso todas as ações do seu grupo de empresas tiveram fortes altas. Penso que nossos governantes deveriam está mais atentos a esse tipo de informação. Há anos quando quiseram perserguir o MONTEIRO LOBATO, desacreditavam todas as informações que ele dava a cerca de reservas brasileiras de petróleo. Hoje todos os veículos de informação destacam informações sem as devidas verificações. Será Interesse? Pesquisem Senhores!!! Grande Abraço!!!

Comentário de David Ribeiro - Como vai Professor gostei de sua opinião sobre o Eike Batista!! Tive investigando e o pai dele já foi presidente de Ministério de Minas e Energia, OGX no ano passado possui as maiores descobertas do Brasil e neste ano anuncia a Bolívia de gás do Brasil, estranho!!! um abraço!!!

Nota: Eliezer Batista da Silva (Nova Era, 4 de maio de 1924) é um engenheiro e administrador de empresas brasileiro, que se notabilizou na presidência da Companhia Vale do Rio Doce, que exerceu por duas vezes, e por sua atuação no Programa Grande Carajás (PGC), a primeira iniciativa de exploração das riquezas da província mineral dos Carajás, abrangendo áreas do Pará até o Xingú, Goiás e Maranhão. É filho de José Batista da Silva e de Maria da Natividade Pereira. Diplomou-se pela Escola de Engenharia da Universidade do Paraná, em 1948.

Engenheiro ferroviário, em 1949 foi contratado pela Vale - então uma empresa inexpressiva - e tornou-se seu primeiro presidente oriundo dos quados da empresa, tendo assumido sua presidência em 1961. Coube a Eliezer Batista transformar a mineradora em uma das maiores companhias do planeta, presidindo-a de 1961 a 1964 e de 1979 a 1986.
Foi ministro das Minas e Energia do gabinete Hermes Lima (1962 - 1963) no governo do presidente João Goulart (1961 - 1964). Neste período foi a mola propulsora do projeto do Porto de Tubarão, capitaneando sua construção, no que contou com o apoio irrestrito de San Tiago Dantas, então ministro da Fazenda.

Ainda como ministro de João Goulart, exerceu o cargo de presidente do Conselho Nacional de Minas e Energia e da Comissão de Exportação de Materiais Estratégicos. Com a deposição de João Goulart, pelo golpe militar de março de 1964 foi sumariamente demitido da presidência da Vale e acusado, por alguns grupos militares, de ser "comunista", e esteve ameaçado de ser preso; salvou-o o presidente Castello Branco, que entretanto "aconselhou" que ele deveria ser presidente da Caemi, uma mineradora privada: "Era Caemi, ou cadeia. Não foi difícil escolher".

sábado, 14 de agosto de 2010

Estado do Alabama processa petrolífera por vazamento no Golfo do México

Washington, 13 ago (EFE)

O procurador-geral do estado americano do Alabama, Troy King, anunciou nesta sexta-feira que vai processar a companhia petrolífera BP pelo vazamento de petróleo no Golfo do México que provocou o maior desastre ecológico da história dos Estados Unidos.

Além do processo contra a BP, King apresentou uma denúncia contra as empresas Transocean e Halliburton, também envolvidas no vazamento, que começou no final de abril depois da explosão e posterior afundamento de uma plataforma operada pela BP.
As ações acusam as companhias de causar danos ao litoral e à economia do estado por agir com negligência em relação às normas de segurança.
Até o momento foram apresentados cerca de 300 processos federais contra a BP e as outras duas companhias envolvidas.
A BP era a operadora da plataforma Deepwater Horizon, da Transocean, que explodiu no dia 20 de abril provocando a morte de 11 trabalhadores, e afundou dois dias depois causando o desastre.
Além do Alabama, o vazamento atingiu o litoral do Mississipi, Louisiana e Flórida.
O almirante retirado Thad Allen, que dirige a resposta do Governo americano ao vazamento de petróleo no Golfo do México, disse nesta sexta-feira que o trabalho no poço auxiliar para vedar de forma definitiva o danificado deve continuar.
"Todo mundo está de acordo, precisamos seguir adiante com o poço alternativo, a pergunta é como fazê-lo", disse hoje Allen em entrevista coletiva pelo telefone.
O trabalho no poço auxiliar foi paralisado momentaneamente na terça-feira, devido ao risco de formação de um ciclone tropical na zona, possibilidade que foi descartada ontem, quando foi realizado um teste de pressão no mesmo.
A BP, empresa responsável pelo derramamento, conseguiu selar com cimento com sucesso no início do mês a parte superior do poço e tem agora que finalizar a operação por meio do fechamento na parte inferior, através de um poço auxiliar.
Allen prometeu hoje que o poço auxiliar "será finalizado" e que o danificado será fechado "de forma definitiva".
Da mesma forma que fizeram durante a operação na boca do poço, os engenheiros da BP preveem injetar cimento e lama pesada na parte inferior para fechá-lo de forma definitiva.
A petrolífera anunciou hoje que finalizou os testes para medir a pressão no poço e que cientistas do Governo e a empresa ainda estão analisando os resultados.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Cidade paranaense faz buscas por petróleo

Técnicos da Agência Nacional do Petróleo perfuram solo de Altônia.

Moradores podem receber dinheiro pela exploração da terra.

do G1, com informações do Jornal da Globo


A busca por petróleo está animando os 20 mil moradores de Altônia, uma pequena cidade do interior do Paraná que vive da agricultura. Técnicos do governo federal foram até a região, no noroeste do estado, procurar petróleo em áreas rurais - nos anos 80, já havia sinais da presença de petróleo ali.
Os especialistas da Agência Nacional do Petróleo (ANP) traçam um perfil do solo. Fazem até pequenas explosões dentro da terra (uso de método sísmico).
A pesquisa não é definitiva: os técnicos identificam apenas a possibilidade de haver petróleo no local. “A gente pega as melhores áreas que poderiam gerar acumulações de petróleo e faz esse estudo”, diz o fiscal da ANP, Raphael Ranna.
Se o laudo for positivo, o governo federal pode ou não abrir licitação para empresas interessadas em avançar nas pesquisas. No caso de haver petróleo suficiente para exploração comercial, todo mundo ganha. Seu Almir já fez um convite para os técnicos que estão em Altônia. “Vai no meu sítio lá, dá uma examinada”, diz.
A cidade recebe dinheiro pela exploração da terra, os chamados royalties. O cálculo do valor do royaltie depende de vários fatores, como quantidade de produção, cotação do dólar e o preço do petróleo no mercado.
O sortudo que tiver o ouro negro no quintal de casa ganha entre 0,5 e 1% por mês sobre o valor da produção. Foi o que aconteceu com agricultores do sertão do Rio Grande do Norte, que há três anos faturam com a exploração de petróleo. Os poços se multiplicam pelas terras áridas e garantem o sustento de milhares de famílias.

Clique no link abaixo para ver a matéria na TV
http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/08/cidade-paranaense-faz-buscas-por-petroleo.html

A importância da qualidade da água na produção de cerveja

A água é o principal constituinte da cerveja, correspondendo a aproximadamente 95% da bebida e, por esse motivo, suas características influe...