União
contra o roubo dos royalties foi o principal tema de encontro de prefeitos e
prefeitas
O roubo, pelo Congresso, dos royalties dos
produtores de petróleo uniu ontem políticos com interesses aparentemente
inconciliáveis. Eles passaram por cima da prematura e acirrada disputa pela
sucessão de 2014 para se juntarem na luta contra a falência do estado. Foi esta
a tônica da abertura do 3º Encontro de Prefeitos e Prefeitas, promovido pela
Associação Estadual de Municípios do Rio de
Janeiro (Aemerj) em parceria com O DIA.
Um mesmo discurso uniu o
vice-governador, Luiz Fernando Pezão, candidato do PMDB em 2014; a prefeita de
Campos, Rosinha Garotinho, mulher do deputado
e também candidato Anthony Garotinho, do PR; a vários políticos do PT do
senador Lindbergh Farias, como o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.
Pezão se destacou entre os
participantes, na maioria políticos, arrancando aplausos da plateia de 60
prefeitos, 16 vice-prefeitos e cerca de 400 participantes, que lotaram o
auditório do Hotel Blue Tree, em Búzios, ao falar do quanto a medida do
Congresso é injusta com o futuro das cidades e dos prefeitos recém-eleitos.
“O Rio deve muito aos nossos
três senadores e 46 deputados. Sem a luta deles, já estaríamos liquidados”,
disse Pezão.
Ele classificou o roubo dos
royalties como “uma violência maior do que a da ditadura militar, que fez a
fusão à força dos estados da Guanabara e do Rio, sem criar as condições”.
Presidenta da Organização dos
Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Rosinha definiu o movimento contra
o assalto aos royalties como “uma luta suprapartidária e sem palanque”. Ela
participou da mesa de abertura até o encerramento.
O encontro elegeu por
aclamação a nova diretoria da Amaerj e marcou uma mudança no perfil da
associação, que era mais interiorana e agora terá como presidente um prefeito
da Baixada, Max Lemos (PMDB), de Queimados. Outros cardeais políticos da
Baixada estiveram no evento, que termina hoje, como Alexandre Cardoso (PSB), de
Caxias, e Dennis Dauttmam (PCd0B), de Belford Roxo. Os dois passaram a integrar
a Associação, que já foi presidida pelo vice-governador.
O editor-chefe do DIA, Aziz
Filho, reiterou o engajamento do jornal na defesa do Rio. Muitas vezes, segundo
ele, a imprensa se vê entre a busca da imparcialidade e a justiça. “O DIA não é
imparcial nessa briga. Nós temos um lado, que é o da defesa dos direitos, do
equilíbrio federativo e da decência política. Mergulhamos de cabeça em defesa
do Rio”, declarou o jornalista.
Nova lei dos royalties já sai hoje no D.O.
A presidenta Dilma Rousseff promulgou a nova lei dos royalties na noite de
ontem, quando recebeu o projeto enviado pelo Congresso, onde 142 vetos
presidenciais ao texto foram derrubados. Dilma tinha até segunda-feira para
promulgar a lei, que já será publicada hoje do Diário Oficial da União.
Enquanto isso, em Campos, uma
multidão vai erguer hoje milhares de cópias da Constituição para manifestar sua
esperança de que o STF faça valer a Carta Magna e declare inconstitucional a
nova lei dos royalties. Rosinha Garotinho mandou fazer 30 mil cópias da capa da
Carta para o ‘Ato em defesa dos royalties e da Constituição’.
Todos contra Eduardo Campos
Além da defesa do Rio contra
a nova lei dos royalties, os prefeitos foram unânimes em rejeitar a proposta de
acordo para evitar que o Supremo Tribunal Federal (STF) avalie a ação de
inconstitucionalidade que será impetrada pelos estados produtores de petróleo
contra a nova lei.
O grande vilão do evento foi o governador de Pernambuco,
Eduardo Campos (PSB), que liderou a proposta de um acordo para manter a
distribuição antiga dos royalties nos contratos já firmados, deixando a
pulverização dos recursos apenas para os futuros projetos do pré-sal.
“O governador de Pernambuco
foi o grande incendiário e agora quer apagar o fogo com a água alheia. O acordo
tinha que ser feito antes desse estupro à Constituição”, atacou o presidente da
Alerj, Paulo Melo, dando a senha para uma série de discursos com críticas a
Campos. Melo arrancou aplausos com um discurso pontuado por episódios de
injustiças do Congresso contra os estados que têm petróleo.
“Essa história do acordo é um
deboche ”, resumiu o presidente da Aemerj, Vicente Guedes.
Fonte: Mônica Rodrigues (O Dia)
União
contra o roubo dos royalties foi o principal tema de encontro de prefeitos e
prefeitas
O roubo, pelo Congresso, dos royalties dos
produtores de petróleo uniu ontem políticos com interesses aparentemente
inconciliáveis. Eles passaram por cima da prematura e acirrada disputa pela
sucessão de 2014 para se juntarem na luta contra a falência do estado. Foi esta
a tônica da abertura do 3º Encontro de Prefeitos e Prefeitas, promovido pela
Associação Estadual de Municípios do Rio de
Janeiro (Aemerj) em parceria com O DIA.
Um mesmo discurso uniu o
vice-governador, Luiz Fernando Pezão, candidato do PMDB em 2014; a prefeita de
Campos, Rosinha Garotinho, mulher do deputado
e também candidato Anthony Garotinho, do PR; a vários políticos do PT do
senador Lindbergh Farias, como o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.Pezão se destacou entre os participantes, na maioria políticos, arrancando aplausos da plateia de 60 prefeitos, 16 vice-prefeitos e cerca de 400 participantes, que lotaram o auditório do Hotel Blue Tree, em Búzios, ao falar do quanto a medida do Congresso é injusta com o futuro das cidades e dos prefeitos recém-eleitos.
“O Rio deve muito aos nossos três senadores e 46 deputados. Sem a luta deles, já estaríamos liquidados”, disse Pezão.
Ele classificou o roubo dos royalties como “uma violência maior do que a da ditadura militar, que fez a fusão à força dos estados da Guanabara e do Rio, sem criar as condições”.
Presidenta da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Rosinha definiu o movimento contra o assalto aos royalties como “uma luta suprapartidária e sem palanque”. Ela participou da mesa de abertura até o encerramento.
O encontro elegeu por aclamação a nova diretoria da Amaerj e marcou uma mudança no perfil da associação, que era mais interiorana e agora terá como presidente um prefeito da Baixada, Max Lemos (PMDB), de Queimados. Outros cardeais políticos da Baixada estiveram no evento, que termina hoje, como Alexandre Cardoso (PSB), de Caxias, e Dennis Dauttmam (PCd0B), de Belford Roxo. Os dois passaram a integrar a Associação, que já foi presidida pelo vice-governador.
O editor-chefe do DIA, Aziz Filho, reiterou o engajamento do jornal na defesa do Rio. Muitas vezes, segundo ele, a imprensa se vê entre a busca da imparcialidade e a justiça. “O DIA não é imparcial nessa briga. Nós temos um lado, que é o da defesa dos direitos, do equilíbrio federativo e da decência política. Mergulhamos de cabeça em defesa do Rio”, declarou o jornalista.
Nova lei dos royalties já sai hoje no D.O.
A presidenta Dilma Rousseff promulgou a nova lei dos royalties na noite de ontem, quando recebeu o projeto enviado pelo Congresso, onde 142 vetos presidenciais ao texto foram derrubados. Dilma tinha até segunda-feira para promulgar a lei, que já será publicada hoje do Diário Oficial da União.
Enquanto isso, em Campos, uma multidão vai erguer hoje milhares de cópias da Constituição para manifestar sua esperança de que o STF faça valer a Carta Magna e declare inconstitucional a nova lei dos royalties. Rosinha Garotinho mandou fazer 30 mil cópias da capa da Carta para o ‘Ato em defesa dos royalties e da Constituição’.
Todos contra Eduardo Campos
Além da defesa do Rio contra a nova lei dos royalties, os prefeitos foram unânimes em rejeitar a proposta de acordo para evitar que o Supremo Tribunal Federal (STF) avalie a ação de inconstitucionalidade que será impetrada pelos estados produtores de petróleo contra a nova lei.
O grande vilão do evento foi o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que liderou a proposta de um acordo para manter a distribuição antiga dos royalties nos contratos já firmados, deixando a pulverização dos recursos apenas para os futuros projetos do pré-sal.
“O governador de Pernambuco foi o grande incendiário e agora quer apagar o fogo com a água alheia. O acordo tinha que ser feito antes desse estupro à Constituição”, atacou o presidente da Alerj, Paulo Melo, dando a senha para uma série de discursos com críticas a Campos. Melo arrancou aplausos com um discurso pontuado por episódios de injustiças do Congresso contra os estados que têm petróleo.
“Essa história do acordo é um deboche ”, resumiu o presidente da Aemerj, Vicente Guedes.
Fonte: Mônica Rodrigues (O Dia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário