Dependendo da capacidade da reserva encontrada, a perspectiva é de que o gás possa ser comercializado dentro do prazo de cinco anos. As análises do material coletado na saída do gás pela superfície da água do Rio Indaiá indicaram que esse é composto em sua maior parte de gás metano (99%). As características geológicas da Bacia do São Francisco, em relação ao seu Sistema Petrolífero, apontam para a ocorrência de gás natural sem óleo associado ou com uma pequena quantidade de hidrocarbonetos líquidos associados.
Segundo o geólogo da Codemig, Renato César Fonseca, ainda não há confirmação de hidrocarbonetos no local. “Este poço é um poço exploratório pioneiro, o que significa que o mesmo testará algumas situações favoráveis à ocorrência de hidrocarbonetos, identificadas pelos estudos geológicos. Em termos do volume de hidrocarbonetos esperado, este é um tema que não podemos divulgar”, afirmou Renato.
Minas poderá se tornar potência na exploração de gás.
O mercado potencial do gás natural é grande, principalmente no setor industrial. A expectativa é que o empreendimento proporcione crescimento e desenvolvimento à região. Dados da Petrobras indicam que o Brasil consome diariamente 58 milhões de metros cúbicos de gás natural, sendo 60,8% destinados à indústria, 16,9% à produção de energia elétrica e 13,8% à indústria automotiva.
Caso o poço confirme as expectativas dos especialistas, o início da comercialização desse gás poderá trazer grandes benefícios para o estado e para o país. “Se o poço tiver uma acumulação de gás natural e tiver a sua economicidade confirmada com a perfuração de novos poços e a realização de outros estudos de geologia, engenharia, comercialização, podemos dizer então, que haverá oferta de uma fonte energética de grande importância econômica, produzida a partir de uma Bacia terrestre (onde os custos operacionais são muito inferiores aos incorridos quando a produção se dá em áreas submersas), localizada próxima aos grandes centros consumidores do Brasil”, disse o geólogo.
O Bloco 132 foi arrematado no leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP) pelo consórcio que tem 49% de participação da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), 30% da Orteng, 11% da Delp e 10% da Comp. Com o início da perfuração, esse será o último passo para definir se Minas Gerais será, de fato, uma potência na exploração de gás, com a redenção econômica de municípios como Morada Nova de Minas, Biquinhas, Paineiras, entre outros.
Por Bruno Hennington/Nicomex Notícias, agosto/09
2 comentários:
Os testes foram adiados para novembro, depois janeiro e ate agora nenhuma noticia!
O que aconteceu em ?
Quais as noticias novas ai sobre o gás , acharam alguma coisa , ou é somente alarde mesmo?
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