RIO - A principal motivação da paralisação dos
petroleiros iniciada nesta quinta-feira se relaciona à obtenção do acordo
coletivo salarial, avalia o secretário de óleo e gás do Ministério de Minas e
Energia (MME), Marco Antonio Almeida, que não vê o leilão de Libra como
justificativa para o movimento. "Estamos em um momento de acordo coletivo.
Então, não sei até que ponto [o leilão de Libra] seria motivo para uma greve
dessa. A Petrobras vai participar de Libra", afirmou.
Já Helder Queiroz, diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP),
afirmou que a greve dos funcionários da Petrobras é legítima e que, em tese, os
sindicalistas pedem o retorno do monopólio. Entretanto, ele frisou que é
esperado que se haja ordem e segurança.
Queiroz destacou ainda que o marco regulatório do setor atual
foi construído e aprovado pela sociedade. "Cabe a nós [ANP] garantir que o
marco regulatório seja cumprido", afirmou.
Os 15 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros
(FUP) decidiram na quarta-feira aderir ao indicativo de greve lançado pela
entidade na semana passada. As paralisações começaram nesta quinta-feira e, de
acordo com a federação, não têm prazo para terminar. Estão sendo organizadas
marchas e mobilizações em todo o país.
As reivindicações são o cancelamento do leilão do campo de
Libra e avanços na campanha salarial. A categoria tem cerca de 150 mil
trabalhadores da Petrobras, Transpetro e subsidiárias e pede aumento de 20,32%,
a ser dado de maneira escalonada— reajuste de 6,6%, relativo à variação do
Índice do Custo de Vida do Dieese (ICV),
mais 5% de ganho real em cima do valor corrigido e, sobre ele, a variação
do PIB de 2010 (7,5%), “a título de produtividade”.
7/10/2013 às 12h45. © 2000 – 2013. Todos os direitos reservados
ao Valor Econômico S.A. Por Marta Nogueira | Valor. Dado Galdieri/Bloomberg
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