O acidente é o segundo protagonizado por esta plataforma, que é do tipo FPWSO com posicionamento dinâmico, que tem de diferente das outras embarcações tipo FPSO uma ferramenta (workover) que permite fazer manutenção nos poços sem parar a produção. Em março do ano passado a mesma Dynamic Producer sofreu ruptura na tubulação que interligava a plataforma a um poço no campo de Guará. Na época, o acidente não teve consequências porque o poço estava fechado devido a uma perda de posicionamento do próprio navio ocorrida dias antes.
Questionada, a Petrobras disse que ainda não tem subsídios para comentar se há semelhança entre os dois eventos, que ocorreram com diferença de menos de um ano. Para o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, o importante é que os equipamentos instalados "para impedir efeitos de acidentes como esse" funcionaram. Mas segundo a ANP, uma possível relação entre os dois acidentes será investida.
Depois do acidente no ano passado a Petrobras criou uma comissão técnica que concluiu que a ruptura na tubulação foi provocada por uma "trinca" na tubulação durante a descida do equipamento pela sonda. Os campos de Guará e Carioca Nordeste são explorados por um consórcio formado pela Petrobras (45% - operadora), BG (30%) e Repsol (25%).
Até o momento a Petrobras teve quatro problemas de produção no pré-sal da bacia de Santos, sendo que o de ontem foi o primeiro em que houve vazamento de óleo. O primeiro foi no campo de Lula (antigo Tupi), em 2009, quando a produção foi paralisada devido a problema de fabricação nos parafusos de fixação da árvore de natal molhada, equipamento instalado na boca do poço e que mantém a produção sob controle. Em julho de 2010, quando perfurava um poço para alcançar o reservatório de Libra (na época era da ANP e depois fez parte da cessão onerosa), a estrutura desmoronou devido à perda de consistência da camada de sal na área.
Fonte: Valor Econômico/Por Cláudia Schüffner Do Rio
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