Por Mauro Kahn
A história nos mostrou que descobertas de grandes reservas de petróleo produzem impacto suficiente para mudar a trajetória de um país. Esta regra valeu durante todo o século passado e continua presente no atual.
De início, os campeões absolutos nesta categoria foram os EUA que, na era de ouro do John D. Rockfeller, dava as cartas na condição de maior exportador mundial de petróleo. Logo em seguida, México, Venezuela, os Megaprodutores do Oriente Médio, Reino Unido, Noruega e, mais recentemente, a Rússia, que, recuperada do esfacelamento da União Soviética, turbinou a sua economia através do petróleo e do gás natural.
O que ninguém imaginava era que o Brasil, país do samba e do futebol, fosse também país do petróleo. Os que já passaram dos 40 ainda amargam a lembrança das filas dos postos de gasolina, nas quais pacientemente aguardavam para poder encher o pequeno tanque do Fusquinha antes do próximo aumento da gasolina.
Agora a situação se faz bem diferente. Nossa moeda está valorizada e a Indústria do Petróleo só nos traz empregos e alegrias. Notem que foi no vácuo do setor do petróleo que renasceu a Indústria Naval; Alavancou-se a construção civil, assim como o setor de Tecnologia da Informação & Telecomunicações; Inúmeros consultores fizeram fortunas no âmbito logístico, no direito empresarial, comércio exterior, gestão ambiental, entre outras muitas atividades que só lucraram e ainda se beneficiarão muito o desenvolvimento da economia do petróleo.
O fato de o nosso petróleo se encontrar predominantemente no mar, ainda por cima, em águas ultraprofundas, o que aumenta os custos de produção, não é de todo desanimador. Nossa Macroeconomia agradece à medida que cresce a demanda por elevados investimentos. Por conseguinte, nos deparamos com uma geração de empregos sem precedentes. De qualquer modo, sabemos estarmos bem amparados por uma estimativa de que a cotação do barril do petróleo continuará a recuperação de seus anteriores preços astronômicos.
Certo é também que no embalo do pré-sal a Indústria Naval construirá dezenas de sondas, navios e ainda mais de uma centena de barcos de apoio. Como termômetro deste cenário tão otimista, a NAVALSHORE conseguiu, recentemente, reunir 258 empresas (muitas delas estrangeiras) em uma de suas feiras. Afinal, estimam-se investimentos de cerca de 40 bilhões de dólares nos próximos dois anos.
Hoje, empresários visionários como Eike Batista já investem pesado no Pré-sal e em toda sua infra-estrutura. No município de São João da Barra, próximo ao Porto de Açu, uma cidade inteira será construída por sua iniciativa, como forma de abrigar tamanhos Recursos Humanos para o projeto. Ademais, a região é alvo da promessa de investimentos chineses. Em Maricá, por exemplo, serão construídos cinco estaleiros de médio porte.
O Brasil nunca foi alvo de tantos investimentos estrangeiros. Já podemos vislumbrar as multinacionais e bancos internacionais dirigindo seus investimentos para cá por compreenderem o potencial da Bacia de Santos, que além do seu petróleo leve, possui em volume de gás capacidade energética para todo o poderoso parque industrial paulista.
O real potencial destes reservatórios situados ao longo de todo o pré-sal não se conhece com precisão, mas o pior dos cenários já se apresentaria grandioso; O melhor, inimaginável. Foi por isto que a renomada Michael Page (Empresa de Recursos Humanos) já identificou escassez de mão-de-obra especializada para conseguir atender a esta demanda tão crescente, que, no médio prazo, poderá progredir geometricamente. Honestamente, não nos faltam motivos para afirmar que mais e mais profissionais buscam uma sólida especialização em petróleo & gás a cada dia, seja para crescer profissionalmente na própria empresa, seja mesmo porque almejam redirecionar suas carreiras.
É de suma importância apresentar um currículo competitivo no momento do crescimento, na iminência da transformação.
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