Por muito tempo se pensou que o norte geográfico e o norte magnético eram um só. Em 1831, o explorador inglês James Ross verificou que não eram iguais ao chegar ao Ártico e ver que a bússola apontava para o chão, o norte magnético (as linhas de força eram verticais e a única posição em que a agulha aquietava era na vertical). O norte geográfico resulta do movimento de rotação da Terra, enquanto o norte magnético é o resultado do campo magnético gerado pelo movimento do metal fundido do núcleo externo em torno do núcleo metálico sólido da Terra. Os dois nortes, portanto, expressam fenômenos geofísicos diferentes. Usando esse princípio os chineses inventaram a bússola e os europeus se lançaram às grandes navegações. Uma agulha imantada aponta sempre para o polo norte magnético e, de modo aproximado, para o norte geográfico. O ângulo entre o norte magnético e o geográfico reflete a declinação magnética do lugar e varia geralmente de 20 a 30 graus. Como o campo magnético varia com o tempo, atualmente em São Paulo a diferença entre os dois nortes é de 23 graus. Uma confusão frequente é quanto à nomenclatura dos polos. Pela convenção física, o polo magnético norte estaria situado no sul da Terra e vice-versa. Para evitar essa confusão, convencionou-se chamar de polo norte magnético o polo que está próximo ao polo norte geográfico, o mesmo ocorrendo com o polo sul. Eder Molina, da Universidade de São Paulo (USP)
sexta-feira, 16 de maio de 2014
domingo, 4 de maio de 2014
Queda de energia na Reduc prejudica produção de derivados de petróleo
Falha foi provocada por uma interrupção na unidade termelétrica Leonel Brizola
Uma parada programada para esta quinta-feira (30) às 5h30, na Unidade Termelétrica Leonel Brizola, que fica ao lado da Reduc (Refinaria Duque de Caxias), provocou uma pane em todo o sistema da refinaria, no momento em que a Reduc se preparava para reduzir o consumo elétrico.
A pane ocorreu por volta das 5h45. As chamas da tocha que fica permanente acesa atingiram 30 metros de altura, provocando uma fumaça negra que chegou a encobrir o céu e foi vista por quem passava pela Rodovia Rio-Petrópolis (BR-040) e também pela Avenida Brasil, principal ligação do centro do Rio com bairros da zona norte e oeste da cidade.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias (Sindipetro-Caxias), Simão Zanardi, a Reduc tem 30 unidades em funcionamento e produz 240 mil barris de petróleo por dia, além de insumos petroquímicos, óleo lubrificante, parafina, enxofre, gasolina, óleo diesel, nafta, e gás liquefeito de petróleo (GLP), entre outros. Segundo Zanardi, o volume da queima dos gases já diminuiu consideravelmente e não houve feridos durante o desligamento do sistema elétrico.
"O sistema está sendo religado gradativamente, mas para normalizar toda a produção leva três dias", avaliou Zanardi. Ele disse ainda que o mercado não vai ser afetado, porque a empresa tem estoque suficiente para atender a demanda.
Em nota, a Petrobras informou que às 5h45 de hoje (30) ocorreu parada da Refinaria Duque de Caxias (Reduc) em função de queda do sistema elétrico interno. A parada ocorreu de forma segura, garantindo a integridade das pessoas e das instalações. O sistema está sendo restabelecido para normalização das atividades.
Produção de petróleo no pré-sal cresce 2,4% em março
De acordo com a Petrobras, a produção total de petróleo e gás natural no Brasil, em março, foi de 2 milhões 331 mil barris de óleo equivalente por dia.
Em março, a produção média mensal de petróleo dos campos localizados na província do pré-sal, nas bacias de Santos e Campos, atingiu a média mensal de 395 mil bopd, segundo dados divulgados pela Petrobras.
Esse resultado representa um aumento de 2,4% do total apresentado em fevereiro (385 mil bopd). Em 18 de abril, a companhia atingiu novo recorde diário, com 444 mil bopd.
De acordo com a Petrobras, a produção total de petróleo e gás natural no Brasil, em março, foi de 2 milhões 331 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). Montante representa crescimento de 0,2% sobre o volume produzido em fevereiro, que foi de 2 milhões 327 mil boed.
Incluída a produção que a Petrobras opera para seus parceiros no Brasil, o volume chegou a 2 milhões 483 mil boed, indicando um aumento de 0,3% na comparação com o mês anterior (2 milhões 476 mil boed).
A produção exclusiva de petróleo da companhia no Brasil, em março, atingiu a média de 1 milhão 926 mil barris/dia (bopd), superando em 0,1% a produção do fevereiro de 2014, quando foram produzidos 1 milhão 923 mil bopd. Incluída a parcela operada para as empresas parceiras, a produção de petróleo no Brasil chegou a 2 milhões 26 mil bopd, 0,3% acima do volume de fevereiro ( 2 milhões 21 mil bopd).
Produção mensal e diária no pré-sal
Segundo a Petrobras, contribuiu para esse recorde a produção do primeiro poço interligado a uma boia de sustentação de riser (BSR), no campo de Sapinhoá, iniciada em fevereiro.
Esse poço vem apresentando desempenho acima da média e mantém-se como o melhor poço produtor do país, com aproximadamente 36 mil bpd. O segundo poço desta BSR já foi interligado no início de Abril e está produzindo 31 mil bpd.
Além da BSR do campo de Sapinhoá, já foram concluídas as instalações de outras duas BSRs e, ainda no primeiro semestre, será a concluída a instalação da última BSR.
Tais instalações irão possibilitar a continuidade do crescimento da produção no pré-sal, com a interligação de sete novos poços produtores nos FPSOs Cidade de São Paulo e Cidade de Paraty. Com isso, a capacidade máxima de produção e processamento dessas unidades será alcançada até o terceiro trimestre de 2014.
No dia 19 de março, foi batido o recorde diário de extração do pré-sal, com 420 mil bopd. É importante ressaltar que esse recorde já foi novamente superado, primeiro em 15 de abril, com 428 mil bopd, e depois em 18 de abril, com 444 mil bopd, devido ao crescimento da produção da P-58 e da entrada em produção do segundo poço na BSR de Sapinhoá.
Novas unidades e interligação de novos poços
Outro destaque foi a entrada em produção no dia 17 de março da plataforma P-58, no Parque das Baleias, na porção capixaba da Bacia de Campos.
O poço 7-BFR-7-ESS, em reservatório do pré-sal, apresentou excelente produtividade, com 20 mil barris por dia. Dois novos poços de igual potencial entraram em produção nos primeiros dias do mês de abril, elevando a produção atual da P-58 para cerca de 50 mil barris por dia.
No total, serão interligados à P-58 15 poços produtores, dos quais oito do pré-sal, sete do pós-sal, e nove poços injetores. A unidade tem capacidade de produção de 180 mil barris por dia.
Ainda no mês de março teve início a produção do poço JUB-45, conectado ao FPSO Capixaba, no campo de Jubarte, com potencial de 18,5 mil bopd. Iniciou-se também a injeção de água no campo de Papa-Terra, através da plataforma P-63, instalada na porção sul da Bacia de Campos.
Descomissionamento e paradas de manutenção
No dia 30 de março, após 11 anos de atividade, o FPSO Brasil encerrou suas atividades, no campo de Roncador com o fechamento do poço 7-RO-14-RJS. Com o fim de sua operação, os poços interligados ao FPSO serão remanejados para a P-52 e a P-54.
Ainda no mês de março, a produção não foi maior devido às paradas de produção temporárias planejadas das seguintes unidades: FPSO Cidade de Angra dos Reis (Bacia de Santos), plataforma P-8 (Bacia de Campos), plataforma P-35 (Bacia de Campos), e FPSO Vitória (Bacia de Campos).
A plataforma P-20 permaneceu em manutenção durante o mês de março, já tendo, no entanto, retomado sua operação no último dia 7 de abril. A P-20 tem potencial de produção de cerca de 20 mil barris de petróleo por dia e é uma das unidades que compõem os sistemas de produção do Campo de Marlim, na Bacia de Campos.
Produção de gás natural
Em março, foram produzidos 64 milhões 360 mil metros cúbicos diários (m³/d) de gás natural no Brasil, indicando um aumento de 0,4% sobre fevereiro, quando foram extraídos 64 milhões 85mil m³/d.
Incluída a parcela que operamos para as empresas associadas, o volume alcançou 72 milhões 577 mil m3/dia e foi 0,3% acima do nível atingido no mês anterior, 72 milhões 344 mil m³/d. Cabe ressaltar o início, em 15 de abril, da exportação de gás em Lula NE, através de gasoduto interligado ao FPSO Cidade de Paraty.
Crescimento sustentável da produção
No curto prazo, começarão a produzir ainda, no pós-sal da Bacia de Campos, as plataformas P-62, no campo de Roncador, com capacidade de 180 mil bopd, e a P-61, no campo de Papa-Terra, que será interligada à plataforma semissubmersível SS-88, unidade de apoio do tipo Tender Assisted Drilling (TAD), que já está no Brasil.
Com a entrada dessas unidades, a produção de petróleo terá crescimento sustentável, durante 2014, de 7,5%, conforme previsto no Plano de Negócios e Gestão 2014 – 2018, podendo variar 1% para mais ou para menos, ao longo do ano.
Produção no exterior
A extração total de petróleo e gás natural no exterior, em março, foi de 219.586 boed, correspondendo a um aumento de 6,2 % em relação aos 206.712 boed produzidos no mês anterior. A produção exclusiva de petróleo foi de 126.921 bopd, 10,1% acima dos 115.279 bopb produzidos em fevereiro.
Esse aumento resultou do ramp up de produção dos poços CA-6 e CH-5, nos campos de Cascade e Chinook, no Golfo do México, EUA. Esses dois campos juntos produziram em março 33.246 bopd contra 21.594 bopd em fevereiro (parcela Petrobras).
Os campos de Cascade e Chinook encontram-se em fase de desenvolvimento e produzem por meio do primeiro FPSO instalado no Golfo do México americano, com capacidade de produção de 80.000 bpd.
A produção de gás natural no exterior foi de 15 milhões 744 mil metros cúbicos diários (m3/d), 1,3 % acima do volume produzido no mês de fevereiro, que foi de 15 milhões 534 mil m³/d, devido à entrada em produção do Campo de Kinteroni, Lote 57, no Peru.
Acrescentando o volume do exterior, nossa produção total de petróleo e gás em março chegou a 2 milhões 550 mil boed, 0,63 % acima do volume extraído no mês anterior, que foi de 2 milhões 534 mil boed.
Produção total informada à ANP
A produção total informada à ANP foi de 9.512.485 m³ de óleo e 2.357.316 mil m³ de gás em março de 2014. Esta produção corresponde à produção total das concessões em que a Petrobras atua como operadora. Não estão incluídos os volumes do Xisto, LGN e produção de parceiros onde a empresa não é operadora.
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